por Rafael Emiliano
Calleri já fora um dos principais personagens do São Paulo durante a semana. O atacante aproveitou a conquista da Copa do Brasil para revelar que sente fortes dores no tornozelo direito desde março, quando declinou da cirurgia no local proposta pelos médicos do clube par fazer um tratamento convencional e assim, desta forma, poder voltar a campo mais rápido.
Pois bem, o tempo passou e a solução se mostrou paliativa. Ainda no último domingo (24), ele revelou que enfim ia passar pela operação e que com isso não atuaria mais pelo Tricolor neste ano. Certo? Errado!
Veio quartra-feira (27), o jogo atrasado com o Coritiba e o camisa 9 estava lá, sendo colocado no jogo no segundo tempo por Dorival Júnior, que após a partida revelou uma conversa franca com seu centroavante: tão logo o São Paulo consiga os 45 pontos necessários para escapar do rebaixamento à segunda divisão,Calleri será liberado.
E se tem alguém que conhece de perto os integrantes do seu plantel para fazeer uma aposta deste tamanho é Dorival, que foi coroado na noitedeste sábado (30) ao ver o seu camisa 9 ser o herói são-paulino do clássico contra o Corinthians no Morumbi, válido pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. Vitória por 2 a 1 para o Tricolor, de virada, com os dois gols marcados pelo camisa 9.
Foi o ponto final em uma história mágica de Morumbi em que tudo poderia ter dado errado. Não fosse Calleri. De um lado, uma equipe ainda em festa pelo inédito título. E que cuja escalação da força máxima representava a apoteose do carnaval fora de época, com as arquibancadas saudando os novos ídolos eternos. Do outro, contudo, tensão. Um adversário que se vê no meio da disputa da Copa Sul-Americana e que, diante da decisão da semifinal contra o Fortaleza no início da próxima semana, decidiu por escalaar uma formação mista na estreia de um técnico que não pode comparecer por esar suspenso.
Tudo isso em clássico vira mera casualidade, sabemos. Ainda mais se o franco favorito repete erros que se tornaram habituais nas últimas rodadas.
Logo aos 2 minutos, Bruno Méndez conseguiu roubar a bola na intermediária da área são-paulina após falha da defesa. De primeira ele ligou Ángel Romero, que ajeitou e experimentu o chute de esquerda e marcou o seu primeiro gol pelo time do Parque São Jorge desde 2018.
Faixa carimbada? Água no chopp? Inversão do conto de fadas? Por 37 minutos essa parecia ser a história em construção, com um São Paulo esbarrando na óbvia tática defensiva do rival.
Mas aí veio o minuto 39. E um pé que os tricolores já estão se acostumando a louvar surgiu. Cobrança de escanteio. A bola sobrou para Nestor, livre na ponta direita da área, finalizar. E quem estava lá? Calleri, com um sutil desvio para selar o empate no placar.
Fim da esperança corintiana. Se a vantagem escancarava a óbvia decisão do time da zona leste em se defender para tentar segurar um resultado que soava improvável, com o empate surgiu a dúvida: ficar atrás? Atacar?
Nem um nem outro. E quem levou a melhor foi o São Paulo. Aos 46, a jogada que o Tricolor buscava desde o início do jogo finalmente emplacou, de infiltração na área. Passe enfiado, Calleri fez o pivô, se antecipou a Cantilo e achou Alisson, que completamente livre conseguiu achar o passe para o argentino fazer o seu segundo do dia e selar a virada.
Festa completa no Morumbi. Dois meses do rival sem vencer como visitante. E o segundo tempo? O de sempre no Morumbi, muitas alterações, queda de intensidade, Calleri tentando o terceiro do dia, Alisson finalizando bem para fora, apito final e mais três pontos para selar a recuperação. Já são 34 ganhos, que deixam a equipe na décima posição. Na próxima rodada tem o Vasco, em São Januário. Que a chavinha continue sendo virada...
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