Independente faz a festa para elenco na porta do Morumbi (Divulgação/TTI)
por Rafael Emiliano
Em entrevista ao podcast 'Tricolaços', Henrique Gomes, o Baby, presidente da Torcida Independente, principal organizada do São Paulo, ressaltou que o título da Copa do Brasil não serviu para melhorar a forma como as arquibancadas do Morumbi enxergam todos os jogadores do Tricolor.
Sem citar nomes, o líder da Independente, mandou um recado a quem, na visão da organizada, ainda está devendo quanto ao comprometimento com o Tricolor em campo.
"Vamos falar a verdade? Estamos todos evitando falar dos jogadores porque fomos campeões da Copa do Brasil. Mas tem muita coisa errada ainda. Tem jogador vagabundo que nós não engolimos ainda. Está passando batido, mas não desapercebido. Está devendo e nós estamos de olho", disse Baby.
O mandatário da Independente relembrou que a cisma com o elenco vem desde o ano passado, na derrota para o Independiente del Valle na final da Copa Sul-Americana, mas se intensificou após a eliminação no Campeonato Paulista deste ano para o Água Santa.
Baby relembrou a reação em cadeia após o jogo, quando supostamente o então técnico Rogério Ceni perdeu a mão do elenco e acabou sendo demitido.
A boa fase na Copa do Brasil levou a organizada a retomar um velho hábito que estava abandonado no Morumbi, cantar a escalação. E Baby explicou os motivos.
"Cantamos apenas nas decisões porque alguns jogadores derrubaram o Rogério, não estavam correspondendo. A partir do momento que olharam para a camisa que estavam vestindo e demonstraram respeito, nós respondemos", explicou.
De fato os dias que se sucederam à queda no Estadual foram os de maior protagonismo da maior organizada são-paulina neste ano. Foram seis manifestos públicos e uma reunião no CT da Barra Funda no início de abril. Depois do encontro, a Independente passou a defender publicamente a demissão de Ceni. E Baby explicou o episódio.
"É todo um contexto. Na nota (em que pedem a saída do ex-goleiro) nós colocamos: "você vai entender Rogério". Ele perdeu a mão do elenco e estava insustentável", disse, ressaltando a resposta da torcida ao maior ídolo da história como jogador.
"No primeiro jogo (sem Ceni, no Morumbi), assim que deu o apito inicial o que fizemos? Erguemos o bandeirão em homenagem a ele. Era um recado. Que todos entenderam", completou.
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