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VEXAME: Em noite para se esquecer, São Paulo tem desempenho pavoroso e é humilhado pelo Palmeiras no Brasileirão

Rival pintou e bordou em dia para se esquecer (Cesar Greco/Palmeiras)

por Rafael Emiliano

As noites de terror do São Paulo jogando fora do Morumbi parecem que serão uma sina durante todo o Campeonato Brasileiro. Na noite desta quarta-feira (25), com uma atuação defensiva pavorosa no primeiro tempo, o Tricolor não viu a cor da bola e caiu facilmente para o Palmeiras: acabou humilhado e levou de 5 a 0 do rival em sua arena.

O resultado iguala a pior goleada da história sofrida pelo Tricolor para o rival verde na história: uma derrota pelo mesmo placar no Campeonato Paulista de 1965. Ou seja, há 58 anos o Palmeiras não vencia o São Paulo com tamanha maestria.

Sem Pablo Maia, o técnico Dorival Júnior quis repetir o esquema usado no duelo entre as equipes, no mesmo estádio, pela Copa do Brasil, quando saiu vitorioso. 

Até aí tudo bem, mas a questão é que Gabriel Neves, o escolhido para ocupar o posto de primeiro volante do time tricolor, não se encontrou em campo. Foi muito mal, deixou espaçada as linhas defensivas. E para piorar, o 4-4-2 usado na vitória contra o Grêmio no final de semana anulava por completo qualquer chance de tentar arrumar a casa.

O time atacava, principalmente pelo lado esquerdo, com Caio e David, mas perdia a bola no sistema de três zagueiros que Abel Ferreira escalou e se via encaixotado na recomposição.

Melhor para os mandantes.

Logo aos quatro minutos, Mayke, atuando como ponta, fez o cruzamento para Richard Ríos cabecear às redes. Mas a arbitragem acabou anulando o lance após o VAR apontar impedimento.

Completamente perdido em campo, o Tricolor não tinha forças de reação. Via o Palmeiras criar boas chances e se segurava como dava. Até os 15, quando Endrick chegou pelo meio de campo e faz a tabelinha com Raphael Veiga, que abriu na ponta direita para Mayke. O lateral/ponta cruzou rasteiron para Breno Lopes, que só deixou o pé para desviar e marcar o primeiro.

A apatia são-paulina seguia. Aos 26, o segundo: Mayke dominou no peito e abriu com Richard Ríos no meio de campo, que mandou um passe na medida para Breno Lopes, de novo, entrar na área como quis e chutar para marcar o segundo.

As coisas que já não estavam boas para o São Paulo se complicaram ainda mais aos 38, quando Lucas desabou em campo sentindo uma lesão no posterior da coxa e precisou ser substituído.

Sem o seu principal jogador, o rumo que já estava perdido se perdeu de vez. O São Paulo passou a usar as faltas como forma de tentar se defender. E em um desses lances se complicou de vez. Raphael Veiga cobrou falta na área, Zé Rafael dominou e, quando estava de costas, foi derrubado por Wellington Rato. Pênalti marcado e convertido por Piquerez, aos 51.

No segundo tempo, Dorival ainda tentou fechar mais casinha e evitar o vexame. Ia conseguindo até meados dos 30 minutos, quando Rafinha acabou expulso. Com um a menos, adeus Tricolor...

Aos 38, Piquerez mandou cruzamento certeiro na área, a bola passa por todo mundo, Beraldo saiu do lance e Marcos Rocha, sozinho, desviou para marcar o quarto e selar a goleada.

Ainda tinha tempo e, enquanto Luciano entrava para provocar e o São Paulo abria mão da posse de bola, o Palmeiras aproveitou paracravar de vez a noite na história: aos 41, Marcos Rocha avançou pela direita e abriu para o meio. Ninguém cortou e Piquerez, de novo,a proveitou para chutar e marcar um golaço.

Juntando os cacos após o vexame, o São Paulo segue mais uma partida fora de casa sem saber o que é vencer. Agora são oito derrotas e seis empates. Por enquanto o time se segura na décima posição, com 38 pontos. Mas a combinação de resultados pode fazer diminuir os oito que tem de vantagem para a zona de rebaixamento. Domingo (29) mais um compromisso como visitante, de novo em gramado sintético: encara o Athlético, no Paraná, às 16h (de Brasília).


 

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