por Rafael Emiliano
A história se repete, primeiro como farsa, depois como tragédia. A frase de Karl Marx que entrou para os anais dos ditados está muito perto de acontecer novamente no São Paulo: o clube corre sério risco de perder o zagueiro Matheus Belém de graça.
Jogador promovido das categorias de base no início do ano pelo então técnico Rogério Ceni, tem contrato com o Tricolor somente até o final de janeiro. E caiu como uma bomba no Morumbi o fato de que o Bragantino atravessou as negociações são-paulinas para prorrogar o vínculo e fez uma proposta de acordo por quatro temporadas com a promessa de Cotia.
A situação lembra muito a de Luizão. Preterido desde a base para Beraldo, o zagueiro acabou ganhando uma aparição no time principal antes da joia com Ceni no segundo semestre do ano passado, mesmo com contrato perto do fim. Acabou deixando o Tricolor e acertando com o West Ham, da Inglaterra. Mas o São Paulo conseguiu manter uma porcentagem (pequena, é verdade) de seus direitos federativos, de olho em qualquer lucro que seja no futuro.
Mesma coisa agora. Os olhares em Cotia estavam voltados para Ythallo que, segundo o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, não convenceu Ceni na pré-temporada desde ano. Diferente de Belém.
Mesmo com contrato se encerrando o jovem zagueiro foi mantido trabalhando no CT da Barra Funda. E, após três jogos neste ano nos profissionais, Dorival Júnior foi convencido a 'devolvê-lo' para a base, afim de tirar um pouco os holofotes sobre a promessa.
Até então, o São Paulo tinha a informação que clubes portugueses sondavam Belém, com propostas habituais vindas da 'Terrinha': clubes sem expressão, acordos de risco e pouco espaço para atuar, de fato. A proposta de um novo rico do futebol brasileiro como o Bragantino liga o alerta.
À reportagem, fontes do Morumbi ouvidas dizem que o Tricolor vai tentar usar seus triunfos para segurar Belém. O maior deles é Dorival para conversar com o jogador e explicar que seus planos incluem sim usar Belém com maior assiduidade em 2024. Até porque Alan Franco está de malas prontas para defender o Boca Juniors, gigante de seus país natal. Ou seja, abrirá uma vaga na primeira pratileira dos zagueiros do plantel.
Mesmo assim, a saída não é dita como inevitável. Talvez isso explique porque em duas das últimas três entrevistas que deu nos últimos dias o diretor de futebol Carlos Belmonte tenha citado Ythallo como um nome a ser promovido no ano que vem. Tal como aconteceu com Beraldo, a ideia é mostrar à torcida que como ocorreu com Luizão, quem saiu não fará falta e há opção melhor no clube. A história se repete...
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