por Rafael Emiliano
A oposição à atual gestão do São Paulo registrou na última segunda-feira (16) uma chapa única com 106 candidatos para as eleições que decidirão os 100 novos conselheiros do Tricolor. O pleito acontece entre os dias 18 e 26 de novembro.
O registro da chapa contou com a assinatura de 56 conselheiros vitalícios, número suficiente segundo o que prevê o estatuto.
Entretanto, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou no início do mês, dificilmente os nomes da política são-paulino contrários ao atual mandatário Julio Casares conseguirão inscrever um candidato para disputa ao posto de presidente do clube, que ocorre entre os dias 1 e 15 de dezembro.
Ou seja, também conforme o AMT antecipou ainda em setembro, Casares deverá ser reeleito por aclamação.
E por qual motivo? Uma coalizão a favor do atual presidente asinou um documento de apoio que conta com mais de 200 conselheiros, número suficiente para, além de garantir a reeleição tranquila, anular qualquer chance de haver um concorrente no pleito.
São necessárias 105 assinaturas de conselheiros para efetivação de uma chapa oposicionista. Número evidentemente impossível de ser alcançado com a coalizão pró-Casares. Número evidentemente impossível de ser alcançado com a coalizão pró-Casares.
Apesar de estar garantida para a disputa de novas vagas ao Conselho (ou pelo manter as cadeiras que mantém atualmente), a oposição continua falando abertamente em pleito perdido.
Marco Aurélio Cunha, principal nome da oposição após a ida de Vinícius Pinotti para as fileias 'casaristas', anunciou que não será candidato por questões pessoais. E com isso os nomes contrários ao atual mandatário decidiram abdicar da disputa neste ano.
Nomes oposicionistas isolados ainda mantém esperança que um nome capaz de atrair a atenção dos vitalícios saia da eleição geral dos sócios na segunda quinzena de novembro para eleger o novo quadro de conselheiros. Mas, por ora, tudo não passa de um devaneio.
Eleições de presidentes por aclamação não é novidade na história são-paulina. Nos primórdios, os nomes eram escolhidos anteriormente em reuniões e apenas oficializados, sem eleições. Nos aos 1960, Laudo Natel, maior nome da história polítca do clube, foi reeleito duas vezes sem que houvesse um concorrente.
Recentemente, dois nomes ganharam as eleições sem concorrentes. Em 1996, Fernando José Casal de Rey foi reeleito por aclamação. Em 2014, Carlos Miguel Aidar até tinha adversário, mas Kalil Rocha Abdalla, em uma chapa composta também por MAC como vice, tirou a candidatora horas antes da eleição.
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