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OPINIÃO: reeleição de Casares já é passado. Hora de falar do futuro. Hora do torcedor prestar atenção em Carlos Belmonte

De 'cabra marcado para morrer', Belmonte usou o futebol para sair da sombra de Casares (Divulgação/SPFC)

por Rafael Emiliano

Resolvido os problemas com a oposição e com a reeleição alinhada, Julio Casares agora terá tempo de sobra para alinhar a sua própria base aliada, que estaria rachada. Mas após o título da Copa do Brasil, com superação de crise interna e valorização do elenco, parece certo que uma peça do tabuleiro não só não será mexida como ganhou status ainds maior no futuro político: Carlos Belmonte.

Liderado por Antônio Donizete Gonçalves, o Dedé, atual diretor do social tricolor, o principal grupo de sustentação política doi presidente estaria pressionando um maior espaço dentro do futebol. Isso claro, estava nos planos para 2024

De fato, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, desde o Campeonato Paulista e a decisão sobre a demissão de Rogério Ceni que a relação entre o diretor de futebol com o presidente esfriou. O ex-jornalista da rádio Jovem Pan, diferente de Casares, queria a saída do ex-goleiro para a chegada de Dorival Júnior ainda durante o Estadual.

Com a derrota para o Corinthians em pleno Morumbi, no Paulistão, Belmonte passou a manter contatos por conta própria com Dorival. Nada debaixo do nariz de Ceni, afinal o atual técnico são-paulino segue um código de ética que não o deixa negociar com clubes que tenham um empregado parfa a função. Mas o diretor sabia que o primeiro nome a ser procurado no futebol brasileiro era o de Dorival.

Ao mesmo, Belmonte não escondia a insatisfação com o rendimento de Ceni e rebateu na tecla da demissão após a eliminação para o Água Santa, nas quartas de final do Estadual. Foi voto vencido. E, pior, foi escolhido como o vilão do vexame, sendo duramente criticado pela torcida nas redes sociais e novamente sendo acusado de estar no cargo ilegalmente.

Se no primeiro semestre a substituição de Belmonte por um nome do grupo de Dedé parecia certa, agora o jogo virou. 

Casares ficou impressionado com o trabalho de Belmonte, que muito além do título da Copa do Brasil mostrou ter controle do cotidiano do CT, seja pelo respeito das duas comissões técnicas nesta temporada, seja pelo respeito dos próprios atletas.

Foi o diretor quem segurou as crises que apareceram na Barra Funda e que faziam do Tricolor um candidato ao rebaixamento fadado ao fracasso: acusação de Pedrinho ter agredido a ex-namorada, treta de Marcos Paulo com Ceni, jogadores querendo sair... Tudo foi contornado por Belmonte, que ainda uniu o grupo e evitou que houvessem reclamações públicas dos atrasos de salário. 

Tudo diante dos olhos de Casares, que já havia decidido manter Belmonte no aeroporto de Guarulhos, quando graças à insistência do diretor, James Rodríguez desembarcava como reforço.

'Patinho feio' da gestão em junho, Belmonte se fortaleceu ao ponto de ver Olten cair em desgraça por problemas pessoais, isolou Dedé cada vez e surge como o grande nome, por enquanto, para suceder Casares em 2027. Isso, claro, se não houverem alterações de estatuto até lá.

 

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