RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Uma fala do técnico Dorival Júnior após a derrota por 1 a 0 para o Fluminense, na quarta-feira (22), no Maracanã, encheu de esperança os corações são-paulinos nas redes sociais.
Questionado sobre a ausência do camisa 7 no duelo no Rio de Janeiro (RJ), afinal ele vinha já treinando com o restante do grupo nas atividades no CT da Barra Funda, Dorival deu indício que está preocupado com a situação do jogador para o início da próxima temporada.
Sim, você não leu errado. O técnico do São Paulo falou que a prioridade é deixar Lucas em melhores condições para janeiro, quando o clube inicia a preparação para a Supercopa do Brasil, título tratado como prioridade no Morumbi.
"O Lucas ficou 30 dias parado e apenas cinco ou seis dias de recuperação. Ele não se sentiu bem, não se sentiu confortável e confiante… não adianta nós precipitarmos uma situação num momento como este da competição. Uma segunda lesão em cima da mesma poderia tirá-lo até do início da próxima temporada. Então, vamos com calma, dentro das condições que o próprio atleta conheça… ele enfrentando… para, aí, sim, colocá-lo em condições", disse Dorival.
Mas espera um pouquinho, Lucas fica no São Paulo? Essa é a pergunta prioritária pelos lados do Morumbi. A verdade é que o clube já sinalizou ao estafe do camisa 7 três possibilidades, de um, dois ou três anos para renovação. Em todas, o que muda são as luvas, o jogador receberá o maior salário do atual plantel são-paulino, estabelecendo um novo piso, que até então era medido pelos vencimentos de Calleri.
A opção do Tricolor é não cansar Lucas com o assunto. Afinal o jogador já respondeu que só dará sua resposta ao término da temporada.
Permanecer no Morumbi não é hipótese descartada por Lucas, que sonha em voltar à Europa. E houve sondagens do futebol português, que acabaram esfriando com a contusão. EUA e Arábia Saudita também procuraram o jogador.
Sobre Dorival, sejamos justos. Pode ter sido um ato falho. Afinal o treinador também comentou 2024 ao falar sobre o excesso de desfalques do São Paulo (foram 13 no duelo ante o Fluminense).
"É impossível que isso aconteça (ter menos desfalques em 2024). Com o calendário que nós temos, com uma pré-temporada de quinze dias, pode ter certeza de que o número de lesões será ainda maior, porque o jogador nem se prepara e já abre uma temporada jogando da forma como jogaremos as várias competições que disputaremos. Neste ano, houve três momentos em que tivemos a parada pela data Fifa, e acredito que, no ano que vem, mesmo tendo competições sul-americanas (ele refere se à Copa América), talvez não tenhamos essa parada com as seleções… queira ou não, isso vai complicar ainda mais para todas as equipes do futebol brasileiro. O calendário esfola os jogadores, ele esfola as condições, ele tira a possibilidade de termos partidas mais qualificadas e mais bem jogadas… de um modo geral, um dia nós temos que parar para pensar sobre isso, porque senão vamos continuar tendo isso que nós estamos vendo em todas as equipes, com jogadores muito importantes ficando pelo meio do caminho, em razão de lesões crônicas", concluiu.
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