RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Foi a primeira vez que o técnico Dorival Júnior resolveu apostar de início no time titular do São Paulo o chamado 'trio de ferro', ou seja, o ataque do time com Lucas, James Rodríguez e Luciano jogando juntos.
A expectativa da torcida era alta, mas... Ao que tudo indica o esquema não encaixou. E o otimismo são-paulino dá lugar às angústias habituais de uma torcida que vive a ressaca do título inédito da Copa do Brasil, na expectativa para 2024.
E parte desse gosto amargo na boca tricolor atende pelo nome de James. O colombiano chegou com o status de uma das maiores contratações do ano no futebol brasileiro. Falou-se em nível físico abaixo e pediu-se paciência. O torcedor comprou. Mas... O que se vê é de um colombiano que vem se destacando por sua seleção nas Eliminatórias para a Copa do Mundo e com problemas claros de produtividade no time do Morumbi.
Nos vestiários após a partida, o técnico Dorival Júnior procurou explicar essa discrepância no nível das atuações.
"O James na sua seleção conhece as características de todos os companheiros, com certeza esses encontros mensais facilitam para o nível dele. A seleção se adapta perfeitamente às características dele. A adaptação na seleção acontece mais naturalmente do que com nossa equipe. Ele vai precisar de um tempo maior e está buscando até a gente conseguir o encaixe. Essa é a função do treinador. Jogar com peças para que a gente ache as outras", disse o treinador.
Quem também comentou o assunto foi Arboleda. O equatoriano, desde 2019 no São Paulo, mais do que ninguém pode simbolizar o que é a adaptação de um estrangeiro ao futebol brasileiro, afinal até mesmo se naturalizar faz parte dos planos pela postura 'mais brasileirada' a cada dia que passa. Por isso, garante que toda ajuda a James é válida.
"Eu acho que a adaptação de cada jogador pode sere diferente. Eu quando cheguei aqui no São Paulo também não foi fácil. Tem que se passar por um processo. Tem o idioma, a comida, os companheiros de time... é muita coisa", disse o zagueiro.
"A gente está ajudando ele, poque sabemos da qualidade dele, de como ele pode ajudar nosso time. Por isso precisamos ter paciência. Esperamos que ele possa se adaptar aqui e jogar o futebol que todos nós sabemos que ele é capaz", completou o equatoriano.
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