RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Dois dos três grandes clubes da capital decidem seu futuro político no próximo sábado (25). Mas sejamos sinceros: você, leitor do AVANTE MEU TRICOLOR, caso não acompanhe o noticiário rival, talvez nem saída do que estou falando.
Disputa ferrenha, debate em TV aberta, troca de acusações, denúncias, ameaças, áudios e mensagem vazadas, promessas vazias, promessas de estádio quitado...
Esse vem sendo o enredo do Corinthians, que viverá no final de semana a expectativa concreta de encerrar a cadeia de poder que manda no clube desde 2007.
E fazemos uma pausa aqui para falar de outro rival, o Santos. A eleição acontece no dia 9 de dezembro, com cinco (!!!!) candidatos. Todos largam atrasados quando se fala de 2024, já que decisões sobre contratações, vendas e afins só começarão a ser desenhados só depois disso, em um clube que passa por situação financeira extremamente delicada.
Os dois cenários expõem o quanto o processo eleitoral do São Paulo, ao mesmo tempo que é exclusivo e limitado, acaba servindo pelo menos para blindar o futuro da confusão das urnas.
Senão vejamos. Enquanto Corinthians e Santos, apesar de seus setoristas noticiarem algumas sondagens, só o São Paulo entre os três tem contratações definidas e encaminhadas para 2024.
Sim, Julio Casares pode por uma força maior acabar desbancado do posto de mandatário do Tricolor. Mas em relação aos rivais, é bem difícil que isso aconteça. E a própria formatação de como funciona o processo no Morumbi permite a nós, que fazemos a cobertura do São Paulo, a ignorar por completo a chance de um oposicionista chegar lá.
No próximo sábado, enquanto corintianos se degladiarão no Parque São Jorge para a eleição mais acirrada do clube, os sócios são-paulinos vão ao Morumbi escolher os 100 novos conselheiros que elegerão o presidente. Em clima absolutamente consternado até de quem não apoia Casares.
Dia 9 de dezembro, enquanto a Vila Belmiro 'pegará fogo', o processo eleitoral no Conselho tricolor estará em jogo, completamente alheio à torcida e até dos sócios.
Minha vovó dizia para sempre vermos o lado bom das coisas. E se há uma coisa que podemos tIrar de positivo desse processo eleitoral excludente do São Paulo é que, pela melhor das intenções de quem o defende, pelo menos o planejamento do carro-chefe futebol fica intacto. Veremos...
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