RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
A diretoria do São Paulo sofreu um misto de sensações ao saber que o XV de Piracicaba, equipe que revelou Beraldo ainda na base, está vendendo cotas da porcentagem dos 20% que ainda mantém do jogador na tentativa de montar caixa para o time visando a disputa da próxima Série A-2 do Campeonato Paulista.
Segundo revelado pela imprensa da cidade interiorana, o XV acertou a venda de uma cota do jogador, de 1%, por R$ 500 mil, dinheiro necessário para quitar os salários do elenco atual do clube até o fim do ano.
O comprador foi um empresário da cidade, que não teve o nome revelado.
O plano, segundo publicado por jornalistas de Piracicaba (SP), é vender pelo menos mais quatro cotas com a mesma porcentagem para montar um fluxo necessário que permitiria a montagem e manutenção de um elenco de qualidade para a disputa da próxima segunda divisão estadual.
E qual o motivo do mix de emoções são-paulinas? Porque o clube do Morumbi ao mesmo tempo que ficou bravo por ter oferecido um valor inicial próximo do que o XV arrecadará, vê a fragilidade financeira do rival como uma brecha para encerrar de vez a questão e concretizar a compra dos 19% de Beraldo que os interioranos ainda mantém.
O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que o São Paulo topa pagar até R$ 10 milhões para ficar com a parte de Beraldo que pertence ao XV.
O clube do interior até aceita, mas discorda do parcelamento proposto pelo Tricolor: pagamento de um valor agora, como sinal, e o restante quando da venda do jogador, com juros. O XV quer tudo agora. O São Paulo alega que não tem o dinheiro.
As negociações continuarão na terça-feira (21), quando um emissário dos paulistanos vai à cidade se reunir com os dirigentes do XV para entender a situação.
O São Paulo tem 60% dos direitos de Beraldo. Outros 20% são do jogador e seu pai, que contratou recentemente um escritório de empresário conhecido no futebol para encontrar propostas para o filho.
O plano inicial de Tricolor e estafe era aguardar pelo menos mais um ano para vender Beraldo, prevendo uma valorização pela estabilidade no time titular são-paulino e também eventuais convocações para a Seleção Brasileira.
Mas o assédio sobre o jogador se intensificou nos últimos dias. O Liverpool, da Inglaterra, por exemplo, sondou o estafe sinalizando uma proposta de cerca de R$ 108 milhões, valor que cumpre o objetivo do São Paulo de realizar a maior venda de um zagueiro na história do futebol brasileiro e que seria aceita se aparecer.
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