RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
O Conselho Deliberativo do São Paulo oficializou na noite desta sexta-feira (8) as reeleições de Olten Ayres de Abreu Júnior, como presidente do órgão, e Julio Casares, como mandatário geral, para os próximos três anos.
As duas escolhas não foram necessariamente uma surpresa. Na verdade o processo se tornou uma mera formalidade.
O AVANTE MEU TRICOLOR já havia antecipado que tanto Olten quanto Casares seriam candidatos únicos no pleito após a surra dada na oposição na eleição dos novos 100 conselheiros: 88 deles apoiavam a atual gestão.
Ao todo, Casares teve 194 votos, com 30 brancos e dez nulos.
Olten, por sua vez, teve 191 votos, com 29 brancos e 14 nulos.
Casares assumiu a presidência do São Paulo em janeiro de 2021 para suceder a Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco.
Eleições de presidentes por aclamação não é novidade na história são-paulina. Nos primórdios, os nomes eram escolhidos anteriormente em reuniões e apenas oficializados, sem eleições.
Nos aos 1960, Laudo Natel, maior nome da história política do clube, foi reeleito duas vezes sem que houvesse um concorrente.
Recentemente, dois nomes ganharam as eleições sem concorrentes. Em 1996, Fernando José Casal de Rey foi reeleito por aclamação. Em 2014, Carlos Miguel Aidar até tinha adversário, mas Kalil Rocha Abdalla, em uma chapa composta também por Marco Aurélio Cunha como vice, tirou a candidatora horas antes da eleição.
Desde a fundação do São Paulo, em 1930, apenas três vezes um candidato puramente de oposição, sem vínculos com a gestão anterior, venceu a disputa.
Em 1984, Carlos Miguel Aidar conseguiu impedir a reeleição de José Douglas Dallora. E em 2002 foi Marcelo Portugal Gouvêa quem venceu Paulo Amaral, que também tentava novo mandato.
O caso mais polêmico, contudo, veio em 1990. Em um dos momentos de maior crise política interna do Tricolor, Antônio Leme Nunes Galvão venceu Juvenal Juvêncio, que buscava a reeleição. Mas ao perder considerável apoio no Conselho nos dias seguintes, o famoso banqueiro acabou renunciando junto de toda sua chapa, abrindo espaço para o então presidente do órgão, José Eduardo Mesquita Pimenta, considerado neutro, assumir como mandatário, apaziguar os ânimos e guiar o São Paulo ao período mais vitorioso de sua história.
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