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Hernanes e Petros expõem clima ruim e ‘laranja podre’ no São Paulo em passagem pelo Tricolor em 2017

Hernanes e Petros fizeram revelações sobre o grupo de 2017 (Foto: Montagem AMT)


MARCIO MONTEIRO
@Marcio_oretorno


O ídolo Hernanes agitou a internet nesta quarta-feira (13). O ex-jogador do São Paulo, confirmado no duelo de lendas que o clube faz com o Milan neste sábado (16), falou em um podcast sobre sua segunda passagem pelo Tricolor, na metade de 2017, quando o time passava por maus bocados e brigava contra o rebaixamento na parte de baixo da tabela do Brasileirão. 


O Profeta chegava no momento em que o São Paulo tinha acabado de trocar o comando técnico de Rogério Ceni por Dorival Júnior (sim, assim como em 2023), e tentava se reabilitar na competição nacional. E Hernanes foi fundamental para a retomada tricolor, que terminou o Brasileirão daquele ano com 50 pontos, em 13º lugar. O time chegou a ficar 14 rodadas na zona da degola e ocupar a vice-lanterna.


Vindo da China, o meia voltou com tudo. Na estreia, fez um dos gols na heroica virada por 4 a 3 sobre o Botafogo, e emendou sete gols nos sete primeiros jogos neste seu retorno ao São Paulo. Terminou o Campeonato Brasileiro com nove gols e três assistências em 19 jogos, todos como titular e capitão.


Porém, não foi só dentro de campo que o ídolo ajudou o São Paulo a se livrar da inédita queda. Fora dele também. Em entrevista ao Charla Podcast, Hernanes falou que muitos atletas estavam acima do peso e criticou a estrutura e postura do clube à época.


“O São Paulo que antigamente era referência de organização, de precisão, de performance. Eu chego e dou uma olhada no elenco e, já no olho, eu olhava assim ‘Aquele ali está acima 3kg, aquele ali o percentual de gordura deve estar 15%, aquele ali 20%. E só no olho. Tinha lá no CT um depósito assim com vários biscoitos, bolacha, de chocolate, sei lá o quê. Aí eu cheguei para o nutricionista e falei assim ‘Some com isso aí, pode tirar isso aí.’ Na sobremesa tinha pudim, pode tirar isso aí”, revelou o ex-jogador, que seguiu.


“Eu já tinha pavor de ser rebaixado. Depois, o São Paulo nunca rebaixou. Depois os caras me deram a faixa de capitão. Aí veio na minha cabeça: ‘Imagina o São Paulo rebaixado e eu como capitão… Ah, não vai não!’ Eu nunca fui um cara assim, sempre fui muito tranquilo, fazia o meu e deixava. Mas naquele momento ali o sentimento foi muito mais forte, vi o São Paulo daquele jeito, tudo relaxado, e ninguém cobrava para a galera entrar no eixo, então eu tomei essa postura, de cobrar, de falar com o pessoal do clube. Mas o que me respaldava era minha performance dentro de campo. Aos pouquinhos, foi organizando e a equipe reagindo”, completou Hernanes.


PETROS JOGA LENHA NA FOGUEIRA


As declarações do Profeta desencadearam mais um desenrolar daquela época, vindo agora do ex-jogador do Tricolor também em 2017, Petros. Ele revelou que um atleta do elenco estava destoando dos demais.


“O Hernanes sem dúvidas foi a chave, sem ele seriamos rebaixados. Mas teve muito mais coisas, muitas… Um dia com apenas uma semana que eu estava lá (no São Paulo) eu ouvi um jogador falar pra um goleiro: “O Rogério não te coloca, como pode isso? O cara foi goleiro e faz isso com você”. No outro dia eu escutei esse mesmo jogador falar as mesmas palavras para o outro goleiro, e nesse momento eu entendi onde estava”, escreveu Petros em um comentário no Instagram.


“Eu falei para ele: “amigo, você falar isso para cinco zagueiros, tudo bem, porque pode se jogar com cinco zagueiros. Para quatro atacantes, tudo bem, porque pode ser uma escalação ofensiva, mas para dois goleiros? Não mesmo. Ou você sai, ou a gente vai ter um problema sério porque rebaixado com o São Paulo a gente não vai ser. E ele saiu. Porque essa conversa de que time grande não cai? Cai, e cai bonito, a gente tem visto aí cada ano que passa. Essa foi uma das inúmeras coisas. Como profissional foi o momento mais difícil da minha vida, mas a gente conseguiu e graças a Deus a gente se salvou”, completou o ex-tricolor que hoje joga na Arábia Saudita.


MAS QUEM ERA A 'LARANJA PODRE'?


E este nome, sem medo de errar, é do meia Cícero. O Blog do São Paulo, do confiável Alexandre Zanquetta, também trouxe a informação após ouvir integrantes do grupo na época, de que era um ‘cupim de vestiário’ e logo foi afastado.


De fato, no dia 9 de agosto de 2017, pouco depois do retorno de Hernanes, Cícero foi afastado do grupo tricolor em decisão tomada pelo técnico Dorival Júnior em conjunto com a diretoria. O meia já vinha de polêmicas com o antigo treinador Rogério Ceni, e mostrava claramente sua insatisfação com o banco de reservas. 


Outro fator que incomodou muito a diretoria e a comissão técnica foi a falta de comprometimento de Cícero com a complicada situação do Tricolor no Brasileirão. Com o time na zona do rebaixamento e o desinteresse do meia em melhorar nos treinamentos, o clube entendeu que o jogador estava sendo prejudicial ao restante do elenco. As palavras trazidas por Petros confirmam as atitudes do jogador.


Cícero passou 50 dias treinando em separado no CT da Barra Funda, e no final do mês de setembro de 2017, teve seu contrato rescindido pelo São Paulo.




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