RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
Reportagem publicada pelo portal 'Globo Esporte' apontou que o São Paulo pode terminar o ano com um déficit de aproximadamente R$ 100 milhões. E as dificuldades financeiras enfrentadas pelo clube do Morumbi refletem em outros setores, como contratação de reforços e vazamento de insatisfação de jogadores por atraso em valores a receber.
Por tudo isso, parece improvável pelos lados do Tricolor que o clube voltará a repetir o que fez na janela do meio de ano: recusar propostas e segurar jogadores no elenco. E no meio dessa decisão, o nome de Lucas Beraldo parece ser o mais provável de protagonizar uma transferência de grandes valores agora em janeiro, quando efetivamente abre o período europeu de transferências.
O AVANTE MEU TRICOLOR apurou com fontes da cúpula são-paulina que o clima interno, quando se trata de Beraldo, é de despedida.
Isso porque o São Paulo acredita que os valores das ofertas que chegarão pela sua joia de Cotia serão no patamar desejado por clube e estafe. Até agora, o Tricolor recebeu apenas uma proposta oficial por Beraldo, de R$ 98 milhões, feita pelo Zenit, da Rússia.
O Leicester procurou o clube do Morumbi para sinalizar que poderia oferecer mais, algo na casa dos 20 milhões de euros (cerca de R$ 101,22 mi). Teve como resposta que por este valor não sai negócio.
Ambos os pretendentes já sinalizaram ao São Paulo que aumentarão a pedida. Os russos acenam com 25 milhões de euros (cerca de R$ 132,8 mi). E ainda topariam manter parte dos direitos federativos do jovem de 20 anos.
Nos bastidores, uma nova investida do Zenit será comemorada: mostra que Beraldo está de fato valorizado. E as propostas recebidas cada vez maiores podem ajudar o clube a arrecadar uma bolada.
"O futebol é dinâmico, já tivemos propostas no meio do ano e não vendemos. Queríamos ter um time competitivo na final da Copa do Brasil e deu certo. Agora é uma outra realidade, se chegar uma proposta que seja irrecusável para o São Paulo e para o jogador, não há como segurar. Não temos nada mesmo", destacou o presidente Julio Casares.
No Morumbi, há a certeza que gigantes do futebol europeu podem entrar 'no leilão'. E a esperança de que haja um escalonamento de propostas por seu jovem jogador. Há crença interna de que o zagueiro tem qualidade o suficiente para atrair um clube da primeira prateleira. E que com o Leicester os valores propostos terão que ser maiores.
Fora isso, há um alinhamento entre São Paulo e estafe de Beraldo para se aguardar mais por uma negociação. O contrato, inclusive, renovado até agosto de 2028, foi muito motivado para essa movimentação. Haverá disputa da Copa Libertadores, o zagueiro vai disputar as Olimpíadas de Paris ano que vem pela Seleção Brasileira e a valorização será inevitável.
Justamente por isso, Beraldo tem mostrado uma tranquilidade sobre o assunto. Perguntado, disse que sua prioridade nesta janela "é curtir as férias".
Até lá, a diretoria do São Paulo bateu o pé sobre uma questão. Em reunião de planejamento nesta semana no CT da Barra Funda decidiu-se que, em um primeiro momento, o Tricolor quer se acertar com o XV de Piracicaba para comprar os 19% que o clube do interior tem do jogador.
O São Paulo topa pagar até R$ 10 milhões. O clube do interior até aceita, mas discorda do parcelamento proposto pelo Tricolor: pagamento de um valor agora, como sinal, e o restante quando da venda do jogador, com juros. O XV quer tudo agora. E o São Paulo alega que não tem o dinheiro.
O clube do Morumbi tem 60% dos direitos de Beraldo. Outros 20% são do jogador e seu pai. Outro 1% pertence a um empresário de Piracicaba (SP), que acertou a compra por R$ 500 mil, dinheiro necessário para quitar os salários do elenco atual do clube até o fim do ano.
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