RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
A diretoria de futebol do São Paulo, capitaneada por Carlos Belmonte, havia acabado uma reunião de mais de duas horas de duração no CT da Barra Funda na última segunda-feira (4) quando uma bomba caiu para os dirigentes: comissários da MLS, a liga estadunidense de futebol, sinalizaram ao estafe de James Rodríguez que as portas estão abertas para receber o camisa 19 tricolor em 2024 caso queira deixar o clube do Morumbi.
O encontro da cúpula do futebol tricolor era justamente para tratar sobre James. Afinal, literalmente 'o mundo caiu' após a entrevista do jogador ao portal 'Globo Esporte' e as informações dadas pela rádio 'Energia 97' de que meia-atacante e Dorival Júnior não estão falando a mesma língua (não literalmente, evidente).
Há também o surgimento de duas notícias no mínimo preocupantes: de um lado, Jorge Nicola informou sobre a decisão entre clube e jogador de rescindir contrato, algo não confirmado. Depois, um jornalista carioca sócio do Fluminense trouxe que o clube das Laranjeiras quer o colombiano se ele resolver deixar o Morumbi.
O aceno vindo dos EUA, também não confirmado pelo lado colombiano, é mais um indício de que, se o São Paulo quiser James ano que vem, terá que agir, apesar de ter contrato até o meio de 2026 com o astro. E assim Belmonte irá fazer.
A informação, confirmada por pelo menos três fontes ao AVANTE MEU TRICOLOR, é mais um capítulo da novela envolvendo a permanência ou não de James no São Paulo, que sem data para acabar, deve perdurar por todo o período da janela de transferências.
Ao AMT, fontes garantiram: o clube vai agir para tentar resolver a situação. Tão logo o elenco saia de férias, na quinta-feira (7), representantes de James serão chamados para uma conversa. E, em um primeiro momento, será explanado que os planos são-paulinos para o ano que vem incluem sim o colombiano.
E isso passa por Belmonte. Em meio às notícias de que a comissão técnica de Dorival Júnior 'perdeu o encanto' com o jogador, que cobra nos bastidores a titularidade, e a insatisfação de muita gente nos corredores do Morumbi com a postura do camisa 19 - inflamada pelos pedidos de ser poupado para defender sua seleção -, o diretor de futebol tricolor é o maior defensor do colombiano.
Belmonte enxerga James como um dos maiores triunfos de sua gestão no futebol. Mais do que isso, inclusive, vê potencial no colombiano para algo além das quatro linhas, como uma força que pode ajudar a internacionalização da marca, vender marketing e atrair patrocinadores e investidores. Jogando ou não. Ruim com James, pior sem ele, é o lema...
Partiu do próprio dirigente o primeiro passo para melhorar o clima e esfriar os ânimos. Internamente, Belmonte teria convencido conselheiros e correligionários de que já era prevista a demora na adaptação do colombiano. À comissão técnica, deu liberdade de escalar James quando, onde e como quiser. Resta o estafe. E para isso ganhou o aval do presidente Julio Casares para seguir em frente e expor o que o São Paulo pretende ao meia-atacante.
"Nós sabemos que ele tinha um processo de adaptação", disse Casares em entrevista ao 'SBT'. "Só que ele chegou em um momento onde o Dorival entrosou bem o time. Então ele tinha que entrar como aconteceu, devagar, ganhando condição de jogo."
Sobre o futuro, o mandatário tricolor demonstra otimismo. "Eu acredito que ele vai cumprir (o contrato). Vai ser muito mais utilizado em 2024. Essa é a nossa expectativa", destacou.
"Eu costumo dizer o seguinte: que dirigente contrata, faz gestão, mas quem escala é o técnico. E não só ele. O jogador também se escala, treinando e se capacitando. O James é um grande jogador, fazendo uma Eliminatória pela Colômbia maravilhosa e eu não tenho dúvidas que ele vai se firmar, quem sabe ao lado do Lucas e de mais algumas novidades que nós pudemos trazer", finalizou.
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