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OPINIÃO: Calleri nasceu para jogar no São Paulo e a diretoria sabe que não pode perder seu artilheiro

 

Calleria beija o símbolo do São Paulo: um caso de amor que vem desde 2016 (Foto: Rubens Chiri/Saopaulofc.net)

MARCIO MONTEIRO
@Marcio_oretorno


A notícia que agitou a torcida tricolor nesta quinta-feira (14) foi a sondagem de um time mexicano sobre o atacante Calleri, um dos maiores ídolos recentes do São Paulo. Esta não é a primeira vez que isto ocorre, e nem deve ser a última. O artilheiro se destaca com a camisa 9 do clube do Morumbi e conquistou seu primeiro grande título de expressão, a Copa do Brasil.


Como já é sabido, o São Paulo não tem dinheiro, muito pelo contrário, tem uma dívida de quase R$ 700 milhões, como confirmado pelo presidente Julio Casares em entrevista ao Roda Viva, da TV Cultura, no meio deste ano. E deve para seus jogadores. Mesmo com os quase R$ 90 mi da Copa do Brasil, o clube ainda não quitou parte dos direitos de imagem do elenco, luvas para Calleri e premiação aos atletas pelo título nacional. 


Tudo isso, mais uma segurança de que não terá vencimentos atrasados, salários maiores e todos os benefícios que o México pode oferecer, obviamente podem fazer o argentino pensar. Mas ele também vai pensar em toda sua história no São Paulo, o carinho pela e da torcida, o quanto essa camisa lhe faz bem e também o sonho de se tornar ainda maior na história do clube.


O COMEÇO NA ARGENTINA


Calleri foi revelado pelo argentino All Boys e após apenas 30 jogos como profissional, foi comprado pelo gigante Boca Juniors. E mesmo só com 22 anos, não se intimidou e marcou 23 gols em 59 partidas pelo novo clube. Chamou a atenção do São Paulo, mas mais ainda de um grupo de empresários, que compraram o promissor atacante para o fictício clube uruguaio Maldonado, por U$ 11 milhões em 2016.


Logo depois, no início deste mesmo ano, o emprestou ao São Paulo por U$ 1 milhão, por seis meses. E ali começou uma relação de amor. O atacante disputou a Libertadores (artilheiro com 9 gols) e brilhou pelo Tricolor, acumulando um total de 31 jogos e 16 gols, além de três assistências e muita entrega em campo, em sua primeira passagem pelo Clube da Fé.


O BONDE EUROPEU


O São Paulo não tinha dinheiro para seguir com o artilheiro, que rumou para a Europa, grande sonho de seus empresários, mas por um time fora das primeiras prateleiras, o inglês West Ham, onde jogou até na equipe sub-23. Após apenas um gol marcado em 19 jogos, partiu para o naufrágio espanhol.


No Las Palmas, teve seu melhor desempenho em solo europeu, 12 gols em 41 jogos, mas longe de suas atuações pelo Tricolor. Depois, mais 11 gols em 3 anos por Alavés, Espanyol e Osasuna. Após o bonde europeu, retornou para onde nunca deveria ter saído. 


A VOLTA PARA CASA


Na metade de 2021, voltou ao Tricolor para sorrir novamente. São 46 gols em praticamente dois anos completos, além da conquista da inédita Copa do Brasil neste ano. O mundo da bola já provou, Calleri nasceu para jogar no São Paulo, e a diretoria sabe disso, tanto que enfim comprou o jogador em definitivo junto ao Maldonado em 2022.


Obviamente a cúpula tricolor negou qualquer possibilidade de saída e declarou que a multa é alta. Jamais eles iriam falar que sim, há uma sondagem e muitas dívidas com o jogador... O São Paulo ainda está tentando acertar suas receitas neste fim de ano, mas tem no camisa 9 ponto de referência não só dentro de campo, mas também fora dele. O argentino é querido no grupo e um dos grandes motivadores em campo e nos vestiários.


Acho que não é vontade do jogador sair neste momento, já que recebe (nem sempre tudo) um dos salários mais altos no São Paulo e se sente feliz no Tricolor. É mais uma, entre tantas outras propostas e conversas, que é nosso dever noticiar, mas não devem abalar as estruturas do clube. 




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