 |
| Morumbi antes de clássico pela Libertadores: uma letra incomoda tanto assim? (Foto: Staff Images/CONMEBOL) |
MARCIO MONTEIRO
@Marcio_oretorno
A polêmica informação chegou nesta segunda-feira (18) como uma bomba: o São Paulo está perto de fechar contrato com uma marca de chocolates pelos naming rights do estádio do Morumbi. O acordo, que terá três anos de duração, garantirá pelo menos R$ 75 milhões aos cofres do Tricolor. Mas pode chegar a R$ 90 mi se cumprida algumas metas.
O novo nome seria ‘MorumBis’, aquele trocadilho bacana que, para mim, casa perfeitamente com o estádio. Apenas uma letra une as duas marcas de maneira harmoniosa e divertida. Obviamente entendo as opiniões diferentes, cada um tem o direito de achar o que quiser. Que ofende as tradições do clube, que está se vendendo por algo ridículo, e tantas outras opiniões adversas.
Mas eu pergunto ao caro leitor são-paulino: R$ 30 milhões pelos próximos três anos por mais uma letrinha no nome do seu estádio, não está valendo a pena? Já é sabido que o Tricolor atravessa fase econômica difícil, com provável déficit ao final de 2023. A grana chega em hora providencial, e pode render ainda mais no futuro.
E NOS RIVAIS?
Vamos comparar com as novas arenas dos rivais da capital, Allianz Parque e Neo Química Arena, que tem nomes para lá de estranhos a princípio para seus clubes. O que combinam eles com Palmeiras e Corinthians? Absolutamente nada, a não ser a ótima combinação contratual, igual nas duas agremiações.
Os dois contratos foram firmados com duração de 20 anos, no valor de R$ 300 milhões, o que dá uma quantia anual de R$ 15 mi (com reajuste anual pelo índice de inflação), a metade que o Tricolor irá lucrar com a marca Bis no próximo triênio. A diferença nos acordos dos rivais é quando foram assinados: o Palmeiras em 2013 e o Corinthians em 2020.
Pois bem... E todo esse dinheiro que os rivais paulistas recebem não vai para eles. No alvinegro, ele ruma direto para o pagamento das parcelas do financiamento à Caixa Econômica Federal. E no time alviverde, há uma divisão entre clube e a WTorre, com a parcela do Palmeiras aumentando 5% a cada cinco anos.
MAIS DINHEIRO EM CAIXA!
Os R$ 30 milhões anuais que a empresa do ramo alimentício Mondelēz pode pagar ao São Paulo chegam limpos ao clube, para ir direto ao caixa. Isso se soma aos R$ 52 mi por temporada do novo contrato com a Superbet.
Além dessa grana toda, o São Paulo fechou com a New Balance como nova patrocinadora de material esportivo até 2027. O Tricolor vai ganhar cerca de 25% a mais com a empresa estadunidense em relação ao que faturava com a antecessora Adidas.
Fora isso, o acordo entre São Paulo e New Balance prevê a reforma total em até três meses de uma mega loja conceito no estádio do Morumbi, que funcionará de domingo a domingo. E o novo contrato também prevê novos naming rights no clube.
Como já informado pelo AVANTE MEU TRICOLOR, a New Balance deve acertar o 'batismo' do CT de Cotia, que passará a ser chamado de 'New Balance Park', em projeto semelhante ao feito pela marca com o Porto, em Portugal.
Portanto, amigos, o mundo globalizado é esse aí, gostem ou não: a Allianz tem seu nome batizado em diversos estádios de alguns dos maiores clubes do mundo, como Bayern de Munique-ALE, Nice-FRA e Juventus-ITA. Bahia, Atlético-MG e Athletico-PR no Brasil, Manchester City e Arsenal na Inglaterra, além de tantos outros clubes pelo planeta já venderam os nomes de seus palcos. E seguem vivos, e o principal, com mais dinheiro.
O mundo muda, e com ele temos que ir nos adaptando. Se você tinha um pensamento antigo sobre tradições e alterações de nome, pare para pensar, o que é mais importante hoje em dia para um clube de futebol? Você pode ter também todas as críticas que quiser contra o presidente Julio Casares, mas que o homem está tentando de todas as maneiras trazer dinheiro ao Tricolor, e conseguindo, isso está.
0 Comentários