@rafaelemilianoo
Há pelo menos dois meses que um assunto interno do São Paulo deixou de ser tabu entre o elenco: a lista das prováveis saídas de jogadores que não fazem parte dos planos do técnico Dorival Júnior no clube em 2024.
Mesmo assim, entretanto, o ano novo se aproxima sem grandes novidades quanto a alguns nomes cientes de que estarão longe do Morumbi na próxima jornada. E o objetivo interno é destravar as negociações até a reapresentação, dia 7 de janeiro.
Assim que acabou o Campeonato Brasileiro, três nomes já se despediram do Tricolor, todos atacantes: Alexandre Pato viu o clube não se interessar por uma renovação após o fim do seu contrato, além de Erison e David, que estavam no clube emprestados por Botafogo e Internacional, respectivamente, e foram informados de que não seriam comprados em definitivo.
Além deles, outros dois nomes que possuem vínculo até dezembro/janeiro não renovarão e estão de saída: os zagueiros Matheus Belém e Walce.
Após passar praticamente todo o mês de dezembro com apenas mais uma saída confirmada, a do volante Léo Silva, que vai defender o Volta Redonda por empréstimo, o São Paulo só viu a porta de saída do CT da Barra Funda se abrir às vésperas do Natal.
Beraldo foi negociado com o PSG, da França, expondo a necessidade do clube em fazer caixa. Caixa esse que faltou para exercer a compra do único emprestado que ficaria, Caio Paulista, cuja negociação melou.
No meio das duas bombas que sacudiram o Morumbi, o clube conseguiu emprestar o lateral-direito Raí Ramos, fora dos planos há meses, ao Ceará.
Entre os casos prioritários para diminuir o número de jogadores do plantel, um dos objetivos de Dorival Júnior para 2024, o São Paulo tem duas saídas encaminhadas. Pedrinho Vilhena, meia promovido do sub-20 e que não teve grandes oportunidades no profissional, vai ser emprestado para ganhar experiência. São duas propostas, de Botafogo-SP e Sport. E a decisão para onde ir está com o jogador e seu estafe.
A outra negociação encaminhada é a do goleiro Thiago Couto. Emprestado ao Juventude neste ano, foi titular da campanha de acesso dos gaúchos na Série B. A compra estava engatilhada, mas de última hora apareceu o Goiás, oferecendo bem mais. O jogador chegou a ser pedido pelo América-MG na fracassada negociação pelo meia Emmanuel Martínez, mas o jogo duro pelo argentino praticamente o afastou de vez do Coelho.
Quem também deve enfim agilizar uma negociação é Méndez. O volante equatoriano, além de não agradar Dorival, integra a lista dos gringos que deixarão o São Paulo por conta do grande número de estrangeiros no elenco (dez, três a mais que o limite imposto este ano pela CBF). Para resolver sua vida, o jogador trocou de empresário. O problema é que as duas únicas propostas que apareceram até agora foram por empréstimo, algo fora dos planos do Tricolor.
A postura firme nas negociações também adia a decisão sobre a venda de outro nome do plantel: Nathan. O Bragantino sinalizou uma proposta de R$ 8 milhões, mas o São Paulo acha que pode morder mais. Além disso, o clube ficou insatisfeito com a porcentagem dos direitos econômicos que manteria. Poer isso a negociação está emperrada neste momento.
Entre os nomes do elenco que receberam sondagens do exterior, nada avançou. Os holandeses não voltaram a perguntar sobre Juan. Os árabes esqueceram Luciano. E Welington, que quase foi para a Rússia no meio do ano, agora ganhou importância no elenco com a saída de Caio Paulista e não será vendido. Pelo menos por ora.
O São Paulo ainda procura o que fazer com dois nomes que estão fora dos planos de Dorival, mas, ao contrário do que a diretoria esperava, não levantaram grande comoção no mercado: os volantes Luan e Gabriel Neves. Ambos foram oferecidos - e recusados - pelo Grêmio nas negociações por Ferreirinha.
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