@rafaelemilianoo
A alta cúpula do São Paulo esfregou as mãos tão logo o rival Palmeiras anunciou por meio de suas redes sociais, na noite de domingo (28), que não atuará mais em sua arena por conta da falta de manutenção do gramado artificial do palco, que seria de responsabilidade da WTorre (futura parceira tricolor).
Isso porque as circunstâncias devem fazer com que o clube alviverde sonde o Tricolor para usar o MorumBIS pelo período que ou durar o imbróglio rival, ou terminar a troca de gramado (também artificial) da Arena Barueri, estádio arrendado pela presidente palmeirense, Leila Pereira.
Em sua nota, o Palmeiras cobra a Real Arenas, empresa constituída pela construtora WTorre para gerir a arena, a “honrar com sua obrigação de realizar a manutenção adequada do campo”.
O rival ainda ameaça acionar os “órgãos competentes” para exigir a “interdição da arena”. Esse prazo duraria 30 dias, tempo insuficiente para que a reforma na Arena Barueri termine. O Palmeiras volta a ser mandante em uma partida do Campeonato Paulista no dia 8 de fevereiro, às 21h (de Brasília), diante do Ituano.
O Pacaembu, que poderia ser outra alternativa para o time alviverde, ainda não ter suas obras de modernização prontas após a privatização. A concessionária que administra o palco estima de forma genérica sua reabertura "neste primeiro semestre"
Fontes consultadas pelo AVANTE MEU TRICOLOR estimam que o rival terá como alternativa somente o MorumBIS, já que o Canindé, estádio da Portuguesa, tem capacidade insuficiente para as pretensões alviverdes, e jogar no interior irritaria o técnico palmeirense Abel Ferreira pelo deslocamento e desgaste.
Essa, pelo menos, foi a justificativa dada pelo Palmeiras nas duas vezes que usou o MorumBIS como mandante no ano passado (contra Santos e Cerro Porteño). Também comentou-se que o português gosta do gramado da casa são-paulina.
O São Paulo vai esperar algum contato feito pelo Palmeiras para debater o assunto, apurou o AMT. São diversas variáveis para serem discutidas internamente.
Pelo lado positivo, o Tricolor avalia que a presença do Palmeiras alanvacaria contratos, como o próprio naming rights, que seria ainda mais citado na mídia.
Pelo negativo, está provável desgaste com as torcidas organizadas (recentemente uma delas, a Dragões da Real, se posicionou contrária ao empréstimo do estádio para o Santos), cujas sedes ficam nos arredores do MorumBIS e teriam que ser isoladas nos jogos do Palmeiras.
Além disso, há o desgaste do gramado pelo uso constante, algo a ser ponderado.
Fato é que o presidente Julio Casares já começou a ser pressionado internamente para que não permita facilidades ao Palmeiras: se querem usar o MorumBIS, que paguem os valores a serem cobrados. E que o São Paulo ganhe com seus acordos comerciais com bares, lanchonetes e camarotes. Pelo menos assim espera cardeais do clube que se manifestam em grupos de mensagens pelo celular.
0 Comentários