@rafaelemilianoo
A CBF tratou de correr para encerrar qualquer possibilidade de remarcar a decisão da Supercopa do Brasil entre São Paulo e Palmeiras, agendada para 3 de fevereiro. Mas continua sem agendar o local onde será o clássico.
A decisão, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, desagradou os rivais. Afinal, como informamos na quarta-feira (3), são-paulinos e palmeirenses são favoráveis ao adiamento.
O AMT apurou com fontes das duas diretorias que há um entendimento de que não se pode esperar a eleição para o novo presidente da CBF, em pleito que ainda sequer tem data marcada, para se definir onde será o jogo único entre os rivais.
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Com menos de um mês, os dois clubes entendem que enfrentarão dificuldades com a logística, como passagens aéreas e hotel para se hospedarem na cidade escolhida para o jogo. Fora dificuldades para vender ingressos. E com um tempo que se torna a cada dia mais curto.
Além disso, cada um tem seus motivos particulares para defender o adiamento do jogo. O São Paulo entende que ganha um tempo considerável para buscar reforços que ainda faltam para fechar o elenco. O Palmeiras, por outro lado, quer contar com Endrick, que desfalcará o clube na decisão por estar com a Seleção Brasileira na disputa do Pré-Olímpico para os Jogos de Paris.
Conforme o AMT revelou na terça-feira (2), sequer a transmissão do duelo pela TV está garantida, já que com o imbróglio na CBF, a proposta de compra dos direitos da TV Globo está parada na entidade máxima do futebol nacional.
Ainda em dezembro, os dois lados já haviam se unido e entregue uma carta conjunta à CBF pedino a realização do jogo em um estado vizinho para se evitar grandes deslocamentos. Com a impossibilidade de uso do estádio de Brasília (DF) na data marcada, a FPF (Federação Paulista de Futebol) conseguiu a liberação de Maracanã e do estádio de Uberlândia (MG) - autoridades mineiras barraram o uso do Mineirão por questões de segurança, atendendo o pedido dos clubes para jogarem em um estado vizinho a São Paulo.
A CBF também tem em mãos pedidos de Manaus (AM), Cuiabá (MT) e Belém (PA) para sediarem o jogo. São Luís (MA) retirou sua candidatura ainda em dezembro. Por resistência do Palmeiras, a entidade já havia recusado ofertas para se realizar o jogo nos EUA.
Em reunião virtual realizada, conforme o AMT apurou, se aventou a possibilidade de realizar o clássico decisivo no Pacaembu mais uma vez, mas em consultas anteriores Polícia Militar, Ministério Público e Secretaria de Estado da Segurança Pública se recusaram a abrir mão da torcida única.
O CAOS NA CBF
A CBF vive crise institucional e política desde o dia 7 de dezembro, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da confederação. Na mesma decisão, o tribunal nomeou José Perdiz de Jesus como interventor - ele precisou deixar o cargo de presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva para assumir a função no comando da CBF.
A movimentação gerou rápida resposta da Fifa, que não reconheceu a decisão judicial que destituiu Ednaldo e ainda ameaçou a CBF de suspensão, o que poderia tirar a Seleção Brasileira e os clubes nacionais das competições internacionais, como Copa Libertadores, Copa Sul-Americana e Pré-Olímpico.
Desde então, Ednaldo já sofreu duas derrotas no âmbito judicial, sem obter recursos no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF). O que motivou a entidade a marcar uma nova eleição.
Ainda sem data definida para acontecer, o pleito tem dois candidatos definidos: o presidente da FPF, Reinaldo Carneiro Bastos, e o advogado Flávio Zveiter, ex-presidente do STJD. São Paulo e Palmeiras assinaram manifesto de apoio ao mandatário da entidade estadual.
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