@rafaelemilianoo
Pela primeira vez em quase um mês de definida a decisão da Supercopa do Brasil entre São Paulo e Palmeiras, a CBF começou a discutir o clássico que marca a abertura da temporada, agendado para o dia 3 de fevereiro, em local ainda indefinido.
Em vídeo publicado no site oficial da entidade (veja abaixo), o presidente Ednaldo Rodrigues disse que a realização do jogo foi assunto de uma reunião nesta sexta-feira (5).
"Discutimos com nosso diretor de competições, Júlio Avelar, onde tratamos também da Supercopa do Brasil, que acontecerá agora no início de fevereiro", disse o dirigente.
"A gente já está buscando, dentro daquilo que for melhor para os torcedores, para as equipes, um local que seja de acordo com a grandeza de uma decisão entre Palmeiras e São Paulo", completou Rodrigues.
A CBF vive crise institucional e política desde o dia 7 de dezembro, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da confederação. Na mesma decisão, o tribunal nomeou José Perdiz de Jesus como interventor - ele precisou deixar o cargo de presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva para assumir a função no comando da CBF.
Desde então, Ednaldo já sofreu duas derrotas no âmbito judicial. Só conseguiu retomar o posto na quinta-feira (4), através de liminar do STF (Supremo Tribunal Federal). Não se sabe se a entidade ainda manterá novas eleições.
VONTADES DE RIVAIS NÃO FOI ATENDIDA
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, a CBF tratou de correr para encerrar qualquer possibilidade de remarcar a decisão da Supercopa do Brasil entre São Paulo e Palmeiras, agendada para 3 de fevereiro. Mas continua sem agendar o local onde será o clássico.
A decisão, conforme a reportagem apurou, desagradou os rivais. Afinal, como informamos na quarta-feira (3), são-paulinos e palmeirenses são favoráveis ao adiamento.
O AMT apurou com fontes das duas diretorias que há um entendimento de que não se pode esperar a eleição para o novo presidente da CBF, em pleito que ainda sequer tem data marcada, para se definir onde será o jogo único entre os rivais.
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Com menos de um mês, os dois clubes entendem que enfrentarão dificuldades com a logística, como passagens aéreas e hotel para se hospedarem na cidade escolhida para o jogo. Fora dificuldades para vender ingressos. E com um tempo que se torna a cada dia mais curto.
Além disso, cada um tem seus motivos particulares para defender o adiamento do jogo. O São Paulo entende que ganha um tempo considerável para buscar reforços que ainda faltam para fechar o elenco. O Palmeiras, por outro lado, quer contar com Endrick, que desfalcará o clube na decisão por estar com a Seleção Brasileira na disputa do Pré-Olímpico para os Jogos de Paris.
Conforme o AMT revelou na terça-feira (2), sequer a transmissão do duelo pela TV está garantida, já que com o imbróglio na CBF, a proposta de compra dos direitos da TV Globo está parada na entidade máxima do futebol nacional.
Ainda em dezembro, os dois lados já haviam se unido e entregue uma carta conjunta à CBF pedino a realização do jogo em um estado vizinho para se evitar grandes deslocamentos. Com a impossibilidade de uso do estádio de Brasília (DF) na data marcada, a FPF (Federação Paulista de Futebol) conseguiu a liberação de Maracanã e do estádio de Uberlândia (MG) - autoridades mineiras barraram o uso do Mineirão por questões de segurança, atendendo o pedido dos clubes para jogarem em um estado vizinho a São Paulo.
A CBF também tem em mãos pedidos de Manaus (AM), Cuiabá (MT) e Belém (PA) para sediarem o jogo. São Luís (MA) retirou sua candidatura ainda em dezembro. Por resistência do Palmeiras, a entidade já havia recusado ofertas para se realizar o jogo nos EUA.
Em reunião virtual realizada, conforme o AMT apurou, se aventou a possibilidade de realizar o clássico decisivo no Pacaembu mais uma vez, mas em consultas anteriores Polícia Militar, Ministério Público e Secretaria de Estado da Segurança Pública se recusaram a abrir mão da torcida única.
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