@rafaelemilianoo
A menos que seja uma data marcante a você leitor por motivos pessoais, o dia 4 de junho de 2023 seria mais um dia qualquer de nossas vidas. Seria se não fosse um detalhe: esse foi o dia em que o ex-técnico do São Paulo, Dorival Júnior, utilizou pela única vez em sua segunda passagem pelo clube do Morumbi uma escalação com três zagueiros.
Na derrota por 2 a 1 do Tricolor para o Grêmio, fora de casa, em partida do Campeonato Brasileiro disputada naquele dia, a linha defensiva foi formada por Alan Franco, Arboleda e Beraldo. Foi a única vez em toda a última temporada que a formatação foi usada.
Eis que sete meses depois, logo em sua segunda partida no comando do São Paulo e também da temporada, Thiago Carpini resolveu dar contornos mais autorais ao time tricolor e mandou a campo no empate em 1 a 1 com o Mirassol, fora de casa, na última terça-feira (23), exatamente uma formação com três zagueiros.
E o que o plano do treinador mostrou? Um São Paulo que até manteve seu padrão de jogo, de manter a posse de bola, mas que perdeu grande parte da sua capacidade de finalizar.
Segundo dados do Footstats, na estreia são-paulina no Campeonato Paulista, vitória por 3 a 1 sobre o Santo André, no MorumBIS, o time teve 62,4% de posse de bola e 21 finalizações, sendo apenas seis delas no alvo.
Ante o Mirassol, a posse caiu para 60,5%, mas os arremates despencaram: apenas 13, sendo cinco delas no alvo.
Parte da perda da capacidade de finalizar vem muito da queda nos passes. Contra o rival do ABC, o São Paulo conseguiu 565 trocas de passes, ante 465 diante do adversário interiorano.
Com mais peças na defesa, o Tricolor se mostrou sem grande repertório para buscar o gol no interior: acertou apenas 11,1% dos cruzamentos e 83,3% das viradas de jogo (no MorumBIS teve 100% de aproveitamento).
Mas e a influência direta dos três defensores? Bem, os números mostram um São Paulo com maior capacidade de marcação. Em Mirassol, o time acertou 92,3% dos desarmes, diante de apenas 84,6% no confronto com o Santo André. Aumentar a capacidade de articulação e conclusão das jogadas será o desafio de Carpini para o clássico contra a Portuguesa, às 18h30 (de Brasília) deste sábado (27), no MorumBIS.
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