@rafaelemilianoo
A esperada conversa de Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, com Dorival Júnior para informá-lo de que é o nome favorito para assumir o comando da Seleção Brasileira após o italiano Carloi Ancelotti renovar o seu contrato com o Real Madrid não foi o suficiente para convencer o treinador para deixar o São Paulo para dirigir o time nacional na próxima Copa do Mundo.
O AVANTE MEU TRICOLOR apurou no contato entre os dois na manhã desta sexta-feira (5) não se ofereceu formalmente o cargo. Mas o dirigente da entidade máxima do futebol teve de responder perguntas delicadas por parte do técnico tricolor.
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Dorival tratou de questionar Rodrigues sobre a segurança política dele no comando da CBF. Disse que não acertaria contrato com a entidade se o presidente não estiver garantido de vez no cargo.
A CBF vive crise institucional e política desde o dia 7 de dezembro, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da confederação. Na mesma decisão, o tribunal nomeou José Perdiz de Jesus como interventor - ele precisou deixar o cargo de presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva para assumir a função no comando da CBF.
Desde então, Ednaldo já sofreu duas derrotas no âmbito judicial. Só conseguiu retomar o posto na quinta-feira (4), através de liminar do STF (Supremo Tribunal Federal). Não se sabe se a entidade ainda manterá novas eleições.
Outro ponto da conversa foi Fernando Diniz. O técnico do Fluminense, que foi escolhido por Ednaldo para 'esquentar o banco' até a chegada de Ancelotti. Dorival cobrou a demissão pública do amigo, ao menos para deixar claro que o cargo está devidamente vago.
Ainda na quinta, em contato com o presidente Julio Casares, Ednaldo já ouvira reclamações. Primeiro, o dirigente deixou claro que não gostou de saber da notícia pela imprensa e se recusou a negociar a liberação. Caso queira mesmo Dorival, a CBF terá que arcar com a rescisão.
O fantasma de ter Dorival na Seleção assombra o São Paulo desde o ano passado. Na ocasião, clube e treinador foram consultados para que ele assumisse a equipe nacional nos moldes atuais de Diniz, mas a conversa não avançou por decisão da própria CBF, que preferiu uma opção que já morasse no Rio de Janeiro (RJ), onde está sediada.
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