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Entre altos e baixos e com gol anulado pelo VAR, São Paulo empata com o Mirassol fora de casa

Galoppo cobra o pênalti para empatar o jogo no interior (Miguel Schincariol/SPFC)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo


O que é irregular? O que não tem uma constante. Dito isso, não existe adjetivo melhor que irregular para classificar a atuação do São Paulo na noite desta terça-feira (23), no empate em 1 a 1 com o Mirassol, fora de casa, pelo Campeonato Paulista.


A irregularidade passa por muitas coisas: do fato da equipe não ter se encontrado no primeiro tempo, quando Thiago Carpini ousou e mandou a campo uma escalação com três zagueiros. Isso pelo lado ruim. Pelo bom, a costumeira qualidade do time tricolor com a posse de bola, quase sempre dominando as ações, mas usualmente dominado pela marcação.


Mais uma vez o time sofrer um gol em falha de marcação de bola aérea, quando o jogador do Mirassol subiu e testou sozinho uma cobrança de escanteio.


>> Sistema com três zagueiros falha, Galoppo salva, e ataque do São Paulo deixa a desejar em empate com o Mirassol


Por outro lado, apareceu o oportunismo de Calleri, que no único passe que recebeu enfiado na área conseguiu iniciar a jogada que rendeu o pênalti, convertido por Galoppo e que selou o resultado final.

Galoppo, aliás, que voltou como titular após dez meses machucado. Foi um dos pontos positivos em noite que teve, vejam só, Nikão, que entrou no segundo tempo com ótima produtividade em campo. Por outro lado, Diego Costa e Alisson deixaram a desejar...

Entre altos e baixos, o Tricolor deixa o interior com quatro pontos. Liderará, pelo menos de forma temporária, o Grupo D, já que o São Bernardo tem três e ainda jogará, mas sem risco de deixar a zona de classificação às quartas de final, o que de fato importa.


Escalado com três zagueiros, o São Paulo tinha muito mais volume de jogo, mas não conseguia traduzir isso em boas oportunidades de gol. Melhor, claro, para o Mirassol, que fechava bem os espaços e tentava fazer sua saída de jogo principalmente pelo lado direito, onde o clube do Morumbi não tinha um jogador nato da posição para auxiliar ofensivamente ou defensivamente.



Nesse 'jogo de xadrez' com pouca mobilidade prática, o primeiro lance de perigo aconteceu só aos 26: Gabriel arrancou no contra-ataque pelo lado esquerdo dos mandantes e cruzou bem para Mário Sérgio, que não conseguiu a finalização.


Aos 31, a coisa ficou séria. Diego Costa tentou o passe para Pablo Maia, mas Negueba roubou a bola e cruzou na medida para Gabriel, livre, cabecear e exigir boa defesa de Rafael.


A falha de posicionamento da defesa são-paulina nas bolas aéreas ficaria evidente pouco depois, aos 37. Em cobrança de escanteio fechado pela esquerda, Luiz Otávio, também completamente livre, subiu e testou na pequena área sem chances para Rafael, abrindo o placar aos mandantes.


Se a insistência nos ataques pelas pontas não surtiam efeito, era hora de mudar. E assim o São Paulo chegou ao empate no único lance pelo meio. Aos 44, bola longa e alta para Calleri, que recebeu na cara de Muralha. O goleiro do Mirassol rebate sem segurar, o próprio camisa 9 rola para Rato, que bate e vê Luiz Otávio desviar com o braço. Pênalti marcado e convertido por Galoppo para empatar o jogo.


A volta do intervalo exigia um pouco mais de produtividade por parte do Tricolor, que em um lance de puro oportunismo por pouco não conseguiu a virada. No primeiro lance do segundo tempo, Welington roubou a bola no campo de ataque e rolou para Ferreirinha, que achou Galoppo na entrada da área. O argentino só ajeitou e bateu colocado no ângulo de Muralha, mas o lance foi anulado após o VAR apontar impedimento de Calleri.


Poderia significar um crescimento na efetividade são-paulina no jogo. Mas o cenário do primeiro tempo se repetiu. Muito volume, pouca objetividade, Mirassol assustando. Aos 10, Warley pegou a bola na intermediária, saiu driblando a marcação adversária e bateu cruzado já dentro da área, assustando.


Na reta final, contudo, conforme aconteciam as substituições, o Tricolor foi crescendo de produção. E por muito pouco não saiu com um resultado melhor. Aos 34, Juan apareceu na área e desviou um cruzamento com perigo para a defesa de Muralha. Aos 45, o controverso goleiro do Mirassol salvou de novo, espalmando chute de Nikão.


E foi só. O São Paulo volta a campo às 18h (de Brasília) do próximo sábado (27), quando recebe a Portuguesa no MorumBIS.

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