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Para manter Dorival, São Paulo sondou presidente da FPF para saber outros cenários com eleição na CBF

Reinaldo Carneiro Bastos em evento na CBF com Ednaldo Rodrigues (Joilson Marconne/CBF)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

Enquanto a CBF 'se arma' para convencer Dorival Júnior a aceitar ser técnico da Seleção Brasileira, o São Paulo se movimenta nos bastidores para formalizar sua argumentação para enfatizar a importância do treinador a permanecer no Morumbi. E conta com o presidente da FPF (Federação Paulista de Futebol), Reinaldo Carneiro Bastos, para isso.


O AVANTE MEU TRICOLOR apurou que o Tricolor procurou Bastos para entender a situação interna na CBF após o retorno via STF (Supremo Tribunal Federal) de Ednaldo Rodrigues à presidência. 


Teoricamente a CBF teria eleições agora em janeiro para a escolha de um novo mandatário com o afastamento de Ednaldo no início de dezembro, por determinação da Justiça do Rio de Janeiro. E Bastos seria um dos candidatos junto do advogado Flávio Zveiter, ex-presidente do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva).


O clube do Morumbi divulgou nota oficial dando apoio a Bastos no pleito, no qual era o favorito.


O São Paulo ouviu informações que lhe animaram. A principal delas é a de que Ednaldo desagradava os presidentes das federações por não ter o hábito de ouvir sugestões e tomar decisões de forma isolada.


Como é o caso da escolha por Dorival. O nome, escolhido justamente pela baixa rejeição no eixo Rio-São Paulo (dos oito grandes clubes dos dois estados, o treinador só não trabalhou em dois: Corinthians e Botafogo), não teria aprovação da maioria dos cartolas, que estavam tendenciados a um nome estrangeiro.


O que o São Paulo queria, contudo, não conseguiu: a afirmativa de Bastos de que não manteria Dorival no cargo caso a liminar seja cassada no pleito do STF e Ednaldo saia da presidência, tendo a CBF ser obrigada a marcar novas eleições. 


'Isentão', Bastos é aliado de Ednaldo e não se pronuncia sobre o assunto, apesar da tendência a optar por manter Dorival.


Antes da volta do presidente da CBF, contudo, o mandatário da FPF tinha no palmeirense Abel Ferreira o favorito a assumir o cargo. Zveiter, por outro lado, falava em Renato Gaúcho e José Mourinho.


Ciente da dificuldade em segurar Dorival, o São Paulo trabalha em uma segunda frente já para buscar um substituto. Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou no sábado (6), o nome de consenso é o do argentino Juan Pablo Vojvoda.


 


PROPOSTA PARA DORIVAL SERÁ APRESENTADA NESTA SEGUNDA


A esperada reunião entre Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, e o técnico do São Paulo, Dorival Júnior, onde será apresentada a proposta oficial para que ele se torne o treinador da Seleção Brasileira deve acontecer mesmo nesta segunda-feira (8). E o motivo é claro: o dirigente quer usar dois triunfos para convencer seu escolhido ao cargo.


O primeiro deles é Felipe Luís. O ex-lateral-esquerdo, que trabalhou com Dorival em Figueirense e Flamengo, será convidado formalmente neste domingo (7) para ser o diretor de seleções da CBF.


AVANTE MEU TRICOLOR apurou o ex-jogador, que encerrou a carreira no final do ano passado, já aceitou o posto em conversas informais com Ednaldo. E ratificou a escolha por Dorival.FIM DA BAGUNÇA NA CBF?


O segundo triunfo para convencer Dorival a aceitar o cargo passa pela Fifa. Isso porque o treinador em contato com o dirigente demonstrou preocupação com a insegurança jurídica na CBF. E uma comitiva da entidade máxima do futebol mundial desembarca no Brasil nesta segunda para se reunir com Ednaldo e entender a situação de sua filiada.


Três dirigentes, um deles da Conmebol, pretendem acertar os ponteiros para evitar punições à Seleção Brasileira e aos clubes brasileiros em competições internacionais. Além, claro, de evitar uma intervenção na CBF.


A CBF vive crise institucional e política desde o dia 7 de dezembro, quando o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro destituiu Ednaldo Rodrigues da presidência da confederação. Na mesma decisão, o tribunal nomeou José Perdiz de Jesus como interventor - ele precisou deixar o cargo de presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva para assumir a função no comando da CBF.


Desde então, Ednaldo já sofreu duas derrotas no âmbito judicial. Só conseguiu retomar o posto na quinta-feira (4), através de liminar do STF (Supremo Tribunal Federal) concedida pelo ministro Gilmar Mendes, que julgou prudente o pedido feito pelo ex-ministro dos Esportes Orlando Silva (PC do B-SP). Em ação, o atual deputado federal destacou que a Fifa não aceitaria interferência jurídica na entidade e o Brasil poderia ser excluído do Pré-Olímpico para os Jogos de Paris-2024 por não enviar a tempo a lista de convocados.


AMT apurou que Ednaldo está confiante de que a reunião com a Fifa terminará de forma positiva. E que o cenário atual é de que o STF vote a favor de sua permanência no comando da CBF. Com o aval da entidade máxima do futebol, o objetivo é tranquilizar Dorival e fechar o contrato.


O problema é que o pleno do STF não tem data para votar o caso. Em recesso, o Supremo só volta em fevereiro. E a votação pode ser colocada em discussão até novembro, na mais pessimista das situações.


Fora isso, a urgência de Ednaldo se dá pelo fato do Brasil ter amistosos marcados contra Inglaterra e Espanha em março. O objetivo é anunciar Dorival até quarta-feira (10).


CBF TRATA DORIVAL COMO ÚNICA OPÇÃO

A mais nova novela do São Paulo nesta pré-temporada ganhou novos capítulos neste sábado (6). Em reunião com os dirigentes tricolores, o técnico Dorival Júnior confirmou que sabe dos planos do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, de vir à capital paulista neste domingo (7) para um encontro com ele.


Dorival ressaltou, contudo, seu sonho de um dia treinador da Seleção Brasileira. Pelo menos três fontes consultadas pelo AVANTE MEU TRICOLOR sobre o diálogo deram a mesma versão.


Pode acontecer agora? Aos dirigentes são-paulinos, o treinador reafirmou as condições que lhe fariam trocar o Tricolor pelo selecionado nacional: segurança jurídica de Ednaldo no cargo e anúncio público da demissão de Fernando Diniz. A CBF não cumpriu nenhum dos quesitos até o momento.

EDNALDO NO ATAQUE


Conforme o AMT revelou, Ednaldo espera conseguir começar a costurar um acordo com Dorival a partir de domingo (7), quando desembarca em São Paulo (SP) para pelo menos dois encontros com o treinador.


Em um deles, mais informal, jogará a proposta salarial e as condições de trabalho de Dorival. No outro, com a presença de membros da alta cúpula da CBF, incluindo o jurídico, tentará mostrar ao escolhido que sua manutenção no cargo não sofre risco e que tudo caminha para que o STF (Supremo Tribunal Federal) valide no plenário a liminar emitida na quinta-feira (4) que o trouxe de volta ao cargo.


Conforme o AVANTE ME TRICOLOR revelou, teoricamente o treinador fez apenas duas exigências para assumir a Seleção Brasileira: uma garantia de que Ednaldo Rodrigues de fato permanecerá no comando da CBF e que a saída de Fernando Diniz seja formalizada.


Ednaldo tranquilizou Dorival sobre as duas questões. Tanto que já vazou a jornalistas próximos ainda na tarde desta sexta-feira (5) que Diniz está fora do comando do selecionado nacional. O AMT apurou que a oficialização ocorrerá até o início da próxima semana, quando acontecerá o comunicado público da entidade, como exige o técnico são-paulino.


DORIVAL E SÃO PAULO TENTAM COSTURAR SOLUÇÃO


AMT apurou que Dorival enfatizou aos dirigentes são-paulinos que o assunto Seleção será discutido de vez na primeira reunião de planejamento do clube no ano, na reapresentação do elenco no CT da Barra Funda, na manhã deste sábado (6).


Fontes do Morumbi ouvidas pela reportagem divergem sobre a ida de Dorival à Seleção. 


Melhor: divergem sobre quando isso acontecerá. Pouco se sabe da decisão do presidente Julio Casares além de exigir da CBF o pagamento da multa.


Por que só sobre quando Dorival irá de fato? Internamente se sabe que a Seleção sempre foi um dos objetivos do treinador.


Conforme o AMT já revelou, há um entendimento implícito entre as partes de que fica acordado a seguinte situação: Dorival toca o barco até a final da Supercopa do Brasil contra o Palmeiras, dia 3 de fevereiro, e em paralelo à diretoria tem tempo para avaliar possíveis substitutos enquanto isso.




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