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Saiba em detalhes as obras que serão realizadas em córrego que passa sob o Morumbi

Casares ao lado do governador Tarcísio de Freitas (Divulgaçõ)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo


O prefeito Ricardo Nunes (MDB) e o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assinaram nesta segunda-feira (29), no Morumbi, várias obras de canalização e remanejamento do Córrego Antonico, que passa sob seu estádio, na zona oeste paulistana. Com as ações, o Tricolor poderá dar início à reforma de modernização de sua casa, anunciada no final do ano passado.


O Estado fará uma obra de escoamento com previsão de custo de R$ 117 milhões. Para esse item, a gestão contará com recursos federais e o início depende da liberação das verbas por parte do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) através do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).


Pelo lado municipal, a a gestão Nunes prevê remoção de famílias em Paraisópolis, comunidade próxima do Morumbi, entrega de moradias e construção de outro piscinão, na Praça Roberto Gomes Pedrosa, em frente ao estádio. O custo estimado é de R$ 327 milhões e será custeado inteiramente com recursos próprios da Prefeitura.


Além da reforma propriamente dita, a expectativa do São Paulo é que as obras solucionem de vez os problemas de enchente da região, que afetam o seu clube social. 



“O Governo do Estado vai fazer um trecho da canalização e um dos piscinões, então a gente vai investir R$ 117 milhões. É uma obra de vulto, muito importante para o combate às cheias, esperada há muito tempo e que vai beneficiar toda a região de Paraisópolis e do Morumbi”, afirmou Tarcísio. “É um grande sistema que se interliga e, quando a gente combate cheias aqui, ajudamos a combater também em outros mananciais e rios da cidade de São Paulo.”


A cerimônia no estádio também reuniu a secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, gestores do Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daae).


O novo piscinão terá capacidade para armazenar mais de 44 milhões de litros de água – o equivalente a 18 piscinas olímpicas. A previsão é que a obra fique pronta em 2026 e beneficie mais de 1 milhão de moradores da região e locais com grande fluxo de pessoas, como o estádio e o clube social do São Paulo, o hospital Albert Einstein e as instituições de ensino Santo Américo e Visconde de Porto Seguro.


O reservatório ficará embaixo da Praça Alfredo Gomes, no extremo da Avenida Jules Rimet, e terá um formato circular, com mais de 27 metros de profundidade e 48 metros de diâmetro. Uma vez pronto, receberá as águas do Córrego Antonico, que se origina em Paraisópolis e passa sob o estádio do Morumbi e a Avenida Jorge João Saad.


Durante chuvas intensas, o piscinão vai acumular o excesso de água e proteger o sistema de drenagem urbana, mitigando riscos de alagamentos. Indiretamente, a obra também terá impacto positivo nas regiões próximas ao córrego Pirajuçara, onde o Antonico desemboca, e ao rio Pinheiros, que recebe as águas dos dois afluentes.


“Esta é uma das obras que o Governo do Estado faz visando a mitigação e o controle de cheias. Sempre temos que pensar em obras estruturantes e é o que estamos fazendo desde o início da gestão. Só no ano passado, fizemos a execução de mais de R$ 1,2 bilhão em obras em todo o estado”, disse a secretária Natália Resende.


Simultaneamente, o Governo do Estado também vai canalizar um trecho de quase um quilômetro do córrego Antonico e revitalizar a praça Alfredo Gomes. Também haverá a instalação de 1,1 km de galerias de drenagem no entorno. Após a conclusão das obras, a Prefeitura de São Paulo ficará encarregada pela operação do piscinão.


“Estamos falando de uma região onde vivem milhares de famílias e por onde circulam estudantes, pacientes, médicos, torcedores e fãs dos shows realizados no estádio. Esse investimento vai garantir mais qualidade de vida para todos e minimizar prejuízos causados pelos temporais cada vez mais frequentes”, destaca Mara Ramos, superintendente do Daee.


O planejamento do Governo do Estado para o novo piscinão foi feito em conjunto com a Prefeitura de São Paulo, que também vai implementar mais dispositivos de combate a enchentes na zona sul paulistana. Um deles será um segundo reservatório na praça Roberto Gomes Pedrosa, em frente ao portão principal do estádio do Morumbi, com capacidade para 133,6 milhões de litros de água – o equivalente a 53,6 piscinas olímpicas.


Os dois piscinões serão interligados pelo trecho canalizado pelo Governo de São Paulo. Juntas, as estruturas poderão reter mais de 177,6 milhões de litros de água.


NOVO MORUMBI


O São Paulo assinou no fim de dezembro contrato com a WTorre para reforma do estádio do Morumbi. O acordo, que prevê o prazo de seis meses para a construtora apresentar um projeto de modernização para apreciação do clube, foi revelado inicialmente pela 'Folha de S. Paulo' e confirmado ao AVANTE MEU TRICOLOR.


A WTorre é quem ergueu e administra a arena do rival Palmeiras. Também é quem negocia a reforma da Vila Belmiro com outro rival, o Santos. Mas o contrato com o Tricolor será diferente dos dois.


Segundo o periódico, a reforma prevê aumentar a capacidade para receber até 100 mil pessoas em shows — atualmente, o estádio comporta cerca de 80 mil pessoas. Em dias de jogos, o local terá espaço para cerca de 85 mil espectadores.


De concreto até agora no projeto estão os planos para se construir um anfiteatro modular com capacidade para até 20 mil pessoas, no espaço do portão 1 do estádio, a entrada principal na Praça Roberto Gomes Pedrosa, onde poderão ser realizados eventos esportivos e palestras, sem impacto no gramado. 

 Será criado também um estacionamento para cerca de 2 mil veículos, que poderá ser usado pelos sócios do clube. A previsão é que as obras sejam concluídas até 2030, ano do centenário do Tricolor.


O projeto são-paulino difere de Palmeiras e Santos pelo fato de que a WTorre não será dona do estádio, mas terá participação nas receitas. 


Na última quinta-feira (28), o Conselho Deliberativo tricolor aprovou o contrato de exclusividade que o clube costurou com a Live Nation, gigante produtora de eventos do showbiz, para ceder o Morumbi com exclusividade em shows de estrelas internacionais da música.


O acordo tem cinco anos de duração e pode render até R$ 60 milhões fixos aos cofres do clube. Segundo dirigentes, o São Paulo ainda terá direito a receitas extras geradas dentro do estádio, como bares e lanchonete.


Assim como no caso da WTorre, o contrato com a Live Nation prevê o direito a veto por parte do São Paulo para utilização de seu estádio para jogos importantes e decisivos.


AMT apurou que o Tricolor já tem 27 espetáculos musicais definidos no calendário para que ocorram no Cícero Pompeu de Toledo em 2024. O último acertado é da banda estadunidense de heavy metal Metallica, que acontecerá nos dias 14 e 16 de novembro.


Conforme a 'ESPN' revelou, o clube foi o primeiro dos quatro grandes do Estado a encaminhar um acordo para utilizar o Pacaembu no ano que vem, quando o tradicional palco paulista deverá ser reaberto após reformas. Até 15 jogos do Tricolor podem ocorrer no local por conta dos shows que serão realizados no Morumbi.


 


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