@rafaelemilianoo
Com a eminente saída de James Rodríguez, que negocia a rescisão de contrato com o São Paulo, sobrou para Rafinha explicar por quais motivos o astro colombiano não deu certo no futebol brasileiro (se despede com 14 jogos e só um gol).
Em entrevista à 'TNT Sports', o experiente lateral-direito, capitão tricolor e que atuou ao lado de James no Bayern de Munique, da Alemanha, confirmou a suspeita de que o meia-atacante precisa de um esquema especial para poder render dentro de campo.
"A gente fez a maior força para trazer o James pra cá, tenho muita amizade com ele, mas temos que ser realistas, não é só porque é meu amigo... o futebol que o James joga hoje, é o mesmo há 10 anos. Ele está mole, devagar? Não, é o estilo de jogo dele. No Bayern não era todo jogo que ele jogava. Quando ele jogava, os treinadores armavam um sistema de treinamento para ele. E assim foi a carreira dele toda", disse.
"Hoje é difícil. Como os caras vão mudar o São Paulo? É difícil, time entrosado, ninguém dando brecha, é meu amigo, a gente sabe da qualidade. Não é que não deu certo, mas como o Carpini vai mudar o time para botar o James pra jogar? O James é craque, na posição dele é dominador, só que para ele funcionar, tem que ser que nem na Colômbia, que fazem um time para ele", ressaltou Rafinha.
Apesar do tom o camisa 13 são-paulino deu certa razão a James no seu desejo de se transferir para atuar com maior regularidade.
"Por mais que seja um cara que não seja dinâmico, é ruim também o cara ficar sem jogar, ainda mais um cara do calibre dele. Essa é a diferença, quando o Carpini chegou, falou 'é um cara que eu tenho que respeitar, já que não dá problema nenhum", completou.
Apesar do status e fama, James não foi sequer inscrito pelo São Paulo para a disputa do Campeonato Paulista. O ex-camisa 19 permaneceu em trabalhos de controle de carga a maior parte dos treinamentos.
Enquanto finaliza a rescisão de seu contrato, o colombiano continuará treinando com o restante da equipe no CT da Barra Funda.
ACABOU O ENCANTO
O fim da passagem de James Rodríguez no São Paulo após 14 partidas, três assistências e um gol não deixará saudades para nenhum dos dois lados.
Contratado no fim de julho do ano passado com o status de principal reforço não só do São Paulo, mas também do futebol brasileiro, o ex-camisa 19 começou a se enervar quando não entrou em campo em nenhum dos últimos três jogos da Copa do Brasil em que esteve à disposição de Dorival Júnior.
O então técnico são-paulino, aliás, foi um dos primeiros a 'perder o encanto' com James. Depois de testá-lo em diversas posições e inclusive espelhar o modo de jogar da Colômbia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, onde brilha, chegou à conclusão de que não havia espaço para o astro no time.
Mesmo assim, contudo, o clima de James dentro do grupo era ameno. E o jogador seguiu sendo profissional, respeitando horários de treinamento e ordens da diretoria.
Neste ano, conforme o AMT revelou, após o ex-camisa 19 sofrer assédio internacional e sinalizar que poderia sim deixar o Morumbi, James e Dorival tiveram duas conversas particulares. Na primeira, o treinador enfatizou que não montaria um esquema para o privilegiar em campo. Não houve conflito.
Dorival havia lhe colocado para realizar exercícios específicos no início da pré-temporada após o colombiano não realizar exercícios que foram passados pela comissão médica tricolor para serem feitos durante as férias.
Com a chegada de Thiago Carpini, o ex-camisa 19 acreditou que enfim ganharia chances, mas o novo comandante são-paulino, avisado do que ocorreu e orientado pelo antecessor, continuou trabalhando fisicamente o jogador e sequer o inscreveu para as disputas do Campeonato Paulista e Supercopa.
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