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Apático, São Paulo vê VAR em noite de protagonismo e perde para o Santos em casa

Diego Costa afasta o perigo no clássico desta noite, no MorumBIS (Andre Pera/Pera Photo Press)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo


A chuva e o tempo ruim não foram os únicos elementos que tornaram a noite mais densa do que o necessário para o São Paulo no MorumBIS. Jogando mal, o Tricolor foi presa fácil do rival Santos e acabou perdendo por 1 a 0, pelo Campeonato Paulista, nesta quarta-feira (14).


Poderia ter tido melhor sorte o Tricolor? Talvez. Afinal o clássico foi marcado pela interferência do VAR. Por duas vezes a árbitra Edina Alves foi ao monitor e sacramentou decisões que interferiram diretamente no resultado. Primeiro para marcar o pênalti de Welington em Otero, que acabou permitindo a abertura do placar pelo rival. Depois para anular o tento marcado por Erick no último minuto do tempo regulamentar, que definiria o empate no certame.


>> NOTAS AMT: Carpini vai mal na armação, e ataque do São Paulo é inoperante mais uma vez em derrota


Seja como for, o resultado negativo encerra diversas escritas são-paulinas. Primeiro a mais lógica: é a primeira derrota do São Paulo para o time do litoral em casa desde janeiro de 2021.


Fora isso, depois de perder pela primeira vez no ano no final de semana, o Tricolor vê encerrada uma invencibilidade de dez jogos que ostentava no MorumBIS desde setembro. Além disso, o clube volta a perder dois jogos seguidos, algo que não acontecia desde o início de agosto.


Edina e o VAR: as estrelas da noite (Marcello Zambrana/Agif)


O prenúncio de que a noite não seria das melhores para o São Paulo veio antes mesmo do apito inicial: Moreira sentiu dores na coxa direita ainda no aquecimento e não teve como ir a campo.


Sem a cria de Cotia, Galoppo foi o escolhido para começar jogando e Bobadilla acabou improvisado na lateral-direita, trazendo mais confusão a um esquema por si só confuso em sua concepção. Foi um São Paulo de muita velocidade, muita bola longa, muita transição rápida. Mas de baixa (para não dizer nenhuma) criação e efetividade na produção ofensiva.


Ágil (e apenas isso), o Tricolor do técnico Thiago Carpini consegue avançar e quebrar linhas. Mas é muito mais na base do 'boi-bumbá' do que algo trabalhado, pensado e, claro, produtivo. Chega-se ao último terço do campo. Mas uma vez lá, não se sabe o que fazer.


Aos 4, Luciano recebeu passe de Calleri e bateu de fora da área, rente ao travessão e assustando João Paulo. Mas...


O que se viu nos minutos seguintes foi uma queda absurda de intensidade. Com o Santos melhor postado e quase letal nos contra-ataques. Aos 32, Pituca lançou Guilherme, que invadiu a área e bateu cruzado para grande defesa de Rafael.


Na jogada seguinte, foi a vez de João Schmidt. O ex-Tricolor desviou no primeiro pau cruzamento bom de Otero e viu a bola passar com perigo perto do gol.


Depois de ver Welington perder boa chance ao finalizar com o pé direito, o São Paulo chegou a comemorar aos 47, quando Luciano recebeu lindo passe do lateral-esquerdo e tocou no canto do gol santista. Mas o lance acabou anulado por impedimento do camisa 10.


Luciano lamenta o gol anulado no MorumBIS (Vinicius Nunes/Agência F8)

Na volta do intervalo, o cenário de um São Paulo (mal na construção, é verdade) que mantinha a posse de bola se inverteu. O Santos parece ter analisado bem as falhas criativas do Tricolor e passou a jogarem cima dessas falhas.

Aos 8, Otero bateu cruzado e a bola sobrou para Guilherme, que acabou travado na hora do chute, com o gol livre.

Era um prenúncio, pois na sequência, aos 15, Otero ia sair livre dentro da área, mas Welington apareceu com um carrinho e acabou derrubando o adversário. Após revisão do VAR a árbitra Edina Alves acabou anotando o pênalti, cobrado e convertido por Morelos.



Edina Alves observa o carrinho de Wellington no monitor (Vilmar Bannach/Mochila Press)

Com o gol sofrido, Carpini enfim decidiu mudar as coisas. Fez alterações, entre elas a entrada de Erick, para aumentar a capacidade de quebrar linhas e aumentar a ofensividade.

Aos 31, Ferreirinha achou Calleri dentro da área, a bola escapou, mas sobrou limpa para Alisson, que chegou batendo e exigiu grande defesa de João Paulo.

Três minutos depois, Ferreirinha, de novo, recuperou uma bola e rolou para Welington, que chutou forte e com perigo, mas para fora. Na sequência, o próprio repetiu o roubo da pelota, mas desta vez decidiu arriscar ele a finalização, de novo para fora.

A pressão são-paulina culminou ao momento mais polêmico do jogo. Aos 42, Welington cruzou e Erick apareceu no segundo pau para empurrar às redes. A festa foi grande no MorumBIS, ms o lance acabou anulado por Edina Alves após checagem do VAR, selando o revés.




Com o tropeço, o São Paulo estagna nos 13 pontos e segue na liderança temporária do Grupo D. A combinação de resultados, contudo, pode tirar o Tricolor até mesmo da zona de classificação ao mata-mata da chave. A equipe volta a campo no sábado (17), às 18h (de Brasília), contra o Bragantino, novamente em casa.













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