@rafaelemilianoo
Thiago Carpini está em sua primeira experiência como técnico de time grande. Mas nesta terça-feira (20), pelo menos, o treinador do São Paulo parecia ter anos de carreira.
Segundo fontes ouvidas pelo AVANTE MEU TRICOLOR, o jovem comandante tricolor teve postura elogiada no contorno da primeira grande crise vivida na curta carreira: a reintegração de James Rodríguez ao plantel pelo menos até julho.
Chamado à sala de reuniões do CT da Barra Funda, onde dirigentes discutiam a situação com o empresário que representou o colombiano, Carpini colocou suas condições para aceitar James de volta. A começar pelo básico: nada de esquema especial para privilegiar o camisa 55. Se quer ficar, terá que cumprir o mesmo cronograma de trabalho dos demais. Ou algo além.
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Carpini expôs um cronograma especial de treinos para contar com James em plenas condições de jogar 90 minutos nas três semanas que terá até entrar em campo, já no mata-mata do Campeonato Paulista. James aceitou.
Com portas fechadas, o treinador convocou líderes do grupo. Rafinha, Lucas e Calleri foram chamados, segundo o 'Blog do São Paulo'. E o AMT apurou que foram duas as conversas.
Na primeira, Carpini revelou os planos de como pretende usar James. No esquema 4-2-3-1, com o colombiano fixado no centro. Nesse caso, Lucas seria deslocado para a esquerda. O camisa 7 topou, mas dirigiu a palavra ao companheiro. Foi mote da segunda conversa, onde cobrou maior participação e integração do astro latino com o elenco.
Lucas então foi com James ao vestiário e deu a palavra ao colombiano, que na frente de todos pediu desculpas pela ausência na final da Supercopa do Brasil. Foi perdoado.
A próxima fase do Estadual será no dia 17 de março, o que dá a James quase quatro semanas de preparação.
Mesmo fora dos planos, James continuou treinando todos os dias no CT da Barra Funda, após ter pedido atendido pela diretoria. Carpini, em entrevistas recentes, disse que o jogador vinha sofrendo com problemas físicos nos treinamentos.
"Quando a gente aumenta um pouco a carga ele tem um incômodo crônico na panturrilha, e aí ele não consegue chegar no seu melhor estágio. Eu enquanto treinador tomo as decisões. Respeito todos, e tem o feeling do James, preciso que ele se sinta seguro para jogar. Eu não me senti seguro de comprometer todo o sistema, teria que ajustar muitas coisas para que ele fizesse parte. Acho que as coisas estão fluindo bem. Ele tem que se adaptar ao São Paulo. Claro que quando ele estiver em campo vamos criar alternativas para ajudá-lo, mas quando ele reunir condições em todos os aspectos, física, mental e de estar no São Paulo e nos ajudar", disse o técnico.
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