@rafaelemilianoo
A torcida do Santos vem chorando nas redes sociais e acusando o São Paulo de estar segurando a liberação máxima do MorumBIS para o jogo das 11h (de Brasília) deste domingo (25) contra o São Bernardo, pelo Campeonato Paulista, onde o rival litorâneo usará a casa tricolor.
Segundo os santistas, seria um certo medo do Tricolor em ter como recorde de público no seu estádio um jogo do time alvinegro, apenas o 11º colocado em média de público dentre os 12 ditos times grandes (11.820 pessoas por jogo) até aqui no ano.
O AVANTE MEU TRICOLOR foi atrás de informações junto à cúpula são-paulina para entender o que de fato se passa, já que segundo os próprios torcedores santistas reclamam da falta de transparência de sua diretoria.
E as informações são de que, segundo o acordado entre os clubes, parte mínima da carga total de ingressos de fato ficou com o próprio São Paulo para comercialização. São entradas das cadeiras cativas e a antiga cadeira térrea vermelha, que são comercializadas para sócios e conselheiros que queiram assistir ao jogo com amigos e familiares santistas.
Uma parte dos ingressos desses mesmos setores e também das antigas cadeiras azul foram repassadas a parceiros comerciais do Tricolor, como a Móndelez, que comprou os naming rights da casa são-paulina.
Isso já estava previsto no acordo entre os rivais e o Santos, inclusive, fez o mesmo quando o São Paulo jogou na Vila Belmiro ano passado (vitória por 1 a 0 sobre o Bragantino, em 8 de novembro, pelo Brasileirão).
Essa carga, contudo, é irrisória para fazer o Santos sonhar em bater os recordes modernos do MoumBIS pela torcida tricolor. Nesse ano, por exemplo, o São Paulo sustenta uma média de 43.611 pessoas por jogo em casa, a maior dentre todos os clubes do país. O maior público registrado foi justamente no clássico contra o Peixe, no último dia 14: 45.722 presentes.
Benevolente, o São Paulo inclusive vem liberando cargas extras de entradas para o Santos. Só nesta sexta-feira (23), mais mil bilhetes foram repassados ao time do litoral. Até o momento, foram vendidos 42.449 ingressos. A carga inicial disponibilizada foi de 38 mil, depois em conversas com a diretoria do São Paulo foi liberado mais 4.449 e esgotados também.
SANTOS NO MORUMBIS
Ceder o MorumBIS para jogos seus na capital foi uma das contra-partidas do Santos para ceder a Vila Belmiro ao rival tricolor.
A antiga gestão do rival alvinegro, que deixou o poder em dezembro, estava brigada com a concessionária que administra o Pacaembu e buscava uma alternativa para mandar seus jogos quando o tradicional palco santista ficará fechado para reformas, que devem começar este ano.
Foi uma reaproximação entre as partes. já que as diretorias haviam se afastado em 2022, quando o Tricolor se recusou a alugar o Morumbi para o rival, que tinha esperanças sem aumentar as receitas com bilheteria por conta da capacidade muito maior do estádio são-paulino.
Segundo dados de Michel Serra, historiador do São Paulo, o Santos mandou ao todo 109 partidas no MorumBIS, com 41 vitórias, 30 empates e 32 derrotas. A conta exclui todas as partidas realizadas contra o próprio Tricolor, incluindo duelos como a final do Paulistão de 1978 entre os rivais.
O último duelo do Peixe na casa tricolor foi há dez anos, em 25 de maio de 2014, quando empatou sem gols com o Flamengo, pelo Brasileirão.
Como aconteceu no ano passado, quando o Palmeiras jogou na casa são-paulina, a tendência é que a PM isole a sede da Independente, que fica na entrada dos setores antes conhecidos como arquibancadas azul e laranja.
A única exigência da Independente é a mesma do jogo do rival alviverde no MorumBIS: que as torcidas organizadas do Santos fiquem no setor antes conhecido como arquibancada amarela, onde se localiza atualmente o setor popular do estádio.
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