@rafaelemilianoo
A promessa de que James Rodríguez e São Paulo teriam uma rescisão contratual amigável virou vinagre.
Se o Tricolor por um lado já tinha acordado verbalmente os termos para encerrar o vínculo do astro colombiano, por outro agora surge o empresário do jogador, que dificultou o cenário.
O São Paulo aceitou encerrar o contrato que iria até o meio de 2025 abrindo mão de salários, direitos de imagem e, principalmente, dos bônus e luvas que teria direito pela assinatura do vínculo com o clube do Morumbi.
O clube havia proposto acertar à vista os valores que lhe são devidos pelas luvas referentes aos seis meses que atuou em 2023. O montante chega a pouco mais de R$ 6,5 milhões.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, contudo, o empresário exige do São Paulo o pagamento dos bônus referentes a nove meses e não apenas seis. O agente também quer o bicho pela conquista da Supercopa do Brasil e o salário referente ao mês de fevereiro.
A decisão agora está nas mãos de James, que segundo o apurado pela reportagem, continuará a usar as instalações do CT da Barra Funda enquanto não define o seu futuro.
Tão logo a notícia do fim da passagem de James pelo Tricolor vazou, o telefone dos agentes do jogador tocou. A sondagem do Besikitas, da Turquia, segue viva, mas a preferência dele é para ir aos EUA, onde moram a namorada e o filho.
Ao todo, segundo contas estimadas por fontes da cúpula tricolor ouvidas pela reportagem, o São Paulo economizará cerca de R$ 27 milhões com a saída prematura do meia-atacante.
ACABOU O ENCANTO
O fim da passagem de James Rodríguez no São Paulo após 14 partidas, três assistências e um gol não deixará saudades para nenhum dos dois lados.
Contratado no fim de julho do ano passado com o status de principal reforço não só do São Paulo, mas também do futebol brasileiro, o ex-camisa 19 começou a se enervar quando não entrou em campo em nenhum dos últimos três jogos da Copa do Brasil em que esteve à disposição de Dorival Júnior.
O então técnico são-paulino, aliás, foi um dos primeiros a 'perder o encanto' com James. Depois de testá-lo em diversas posições e inclusive espelhar o modo de jogar da Colômbia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, onde brilha, chegou à conclusão de que não havia espaço para o astro no time.
Mesmo assim, contudo, o clima de James dentro do grupo era ameno. E o jogador seguiu sendo profissional, respeitando horários de treinamento e ordens da diretoria.
Neste ano, conforme o AMT revelou, após o ex-camisa 19 sofrer assédio internacional e sinalizar que poderia sim deixar o Morumbi, James e Dorival tiveram duas conversas particulares. Na primeira, o treinador enfatizou que não montaria um esquema para o privilegiar em campo. Não houve conflito.
Dorival havia lhe colocado para realizar exercícios específicos no início da pré-temporada após o colombiano não realizar exercícios que foram passados pela comissão médica tricolor para serem feitos durante as férias.
Com a chegada de Thiago Carpini, o ex-camisa 19 acreditou que enfim ganharia chances, mas o novo comandante são-paulino, avisado do que ocorreu e orientado pelo antecessor, continuou trabalhando fisicamente o jogador e sequer o inscreveu para as disputas do Campeonato Paulista e Supercopa.
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