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| Julio Casares começou em 2024 seu segundo mandato no São Paulo (Foto: Divulgação/SPFC) |
MARCIO MONTEIRO
@Marcio_oretorno
19/02/2024
O presidente Julio Casares revelou os valores das dívidas que o São Paulo possui atualmente. O montante total assusta, mas o mandatário tricolor tranquiliza a situação.
“Nosso endividamento está próximo dos R$ 600 milhões, algo parecido com um ano de faturamento do clube. É administrável. A dívida de curtíssimo prazo é de R$ 250 milhões”, explicou Casares em entrevista à Folha de São Paulo.
O presidente sempre deixou claro que iria administrar igualmente as dívidas, que já eram astronômicas antes de seu primeiro mandato, com as necessidades do Tricolor em campo. Por isso, não poupou esforços para trazer James e Lucas, e depois renovar com o camisa 7, além de segurar outras peças importantes e caras, como Luciano, Rafinha e Arboleda.
Deu resultado, com as conquistas da Copa do Brasil e Supercopa, o que aumentou os cofres do clube. Além disso, o melhor desempenho dentro de campo também eleva a presença da torcida no estádio, que bateu recordes no último ano e segue lotando o MorumBIS em 2024.
“A Copa do Brasil nos trouxe um prêmio de R$ 80 milhões. A bilheteria aumenta, o torcedor chega ao estádio cinco horas antes do jogo, consome, compra camisa. É uma coisa de louco. Valoriza os jogadores. E quando vendemos o Beraldo, por um valor extraordinário, equalizamos as contas naquele momento. É um círculo virtuoso”.
“Você tem que ter um bom time sem fazer loucura. Nada do que fizemos valeria tanto se a bola não entrasse no gol. Quando assumi, liquidamos quatro processos, voltamos a ter crédito. Investimos. É preciso um equilíbrio. Se você decidir zerar a dívida, ou reduzi-la bastante, vai tomar decisões que vão diminuir a tua competitividade. O futebol é muito caro. Se não tem receita, você não monta um time competitivo. Vai correr risco de rebaixamento, e de perda de uma receita de TV que é de mais de R$ 100 milhões por ano. Além disso, a felicidade do torcedor é ser campeão”, completou o presidente.
A dívida do São Paulo, no entanto, se mantém alta, e Julio Casares apresenta novos planos para solucioná-la.
“Se tudo der certo, a partir de abril vamos reestruturar e alongar a dívida, captar recursos em melhores condições e tentar um deságio (decréscimo nos valores com antigos credores)”.
Júlio Casares também relembrou que diversas situações acabam atrapalhando na quitação das dívidas, como, por exemplo, o caso Daniel Alves.
“E há várias situações. Todo mês, por exemplo, eu pago R$ 450 mil para o Daniel Alves, que hoje enfrenta problemas na Justiça da Espanha. Na saída dele, fizemos uma confissão de dívida e um acordo que baixou a dívida para R$ 25 milhões. Estamos pagando”, concluiu o presidente do São Paulo.
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