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Quem não entende, acha que ele está de sacanagem, diz Rafinha sobre ausência de James em final da Supercopa

James durante treino desta terça, no CT da Barra Funda (Instagram)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo


Em entrevista à 'TNT Esportes', o experiente lateral-direito Rafinha, capitão tricolor e que atuou ao lado de James Rodríguez no Bayern de Munique, da Alemanha, contou os bastidores da decisão do astro colombiano de recusar viajar com a delegação para Belo Horizonte (MG) para a final da Supercopa do Brasil, no último dia 4.

"É meu parceirão, mas vocês estão cobertos de razão. Eu falei para ele 'vamos lá, não custa nada, você vai lá e amanhã volta'. Isso já havia sido conversado entre eles antes da final, mas claro que a gente queria que ele tivesse lá", disse.


Segundo Rafinha, a frustração por não jogar de James foi compreendida internamente. 


"É final, todo mundo quer participar, todo mundo que tava machucado foi. Vai saber o que esse cara está passando. Eu queria que ele tivesse lá, porque não é normal. Quem não entende, acha que ele está de sacanagem", disse.






ACABOU O ENCANTO


O fim da passagem de James Rodríguez no São Paulo após 14 partidas, três assistências e um gol não deixará saudades para nenhum dos dois lados.


A direção são-paulina bateu o martelo sobre sua saída ainda no sábado (3), quando ele não viajou com a delegação para o Mineirão, para a final da Supercopa do Brasil. Decisão que vinha sendo pensada pelo colombiano desde o começo do ano.


Contratado no fim de julho do ano passado com o status de principal reforço não só do São Paulo, mas também do futebol brasileiro, o ex-camisa 19 começou a se enervar quando não entrou em campo em nenhum dos últimos três jogos da Copa do Brasil em que esteve à disposição de Dorival Júnior.


O então técnico são-paulino, aliás, foi um dos primeiros a 'perder o encanto' com James. Depois de testá-lo em diversas posições e inclusive espelhar o modo de jogar da Colômbia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, onde brilha, chegou à conclusão de que não havia espaço para o astro no time.


O desgaste da situação se agravou quando James pediu à diretoria para ser poupado em alguns jogos do Brasileirão para defender o selecionado nacional, o que irritou ainda mais a comissão técnica.


Mesmo assim, contudo, o clima de James dentro do grupo era ameno. E o jogador seguiu sendo profissional, respeitando horários de treinamento e ordens da diretoria.


Neste ano, conforme o AMT revelou, após o ex-camisa 19 sofrer assédio internacional e sinalizar que poderia sim deixar o Morumbi, James e Dorival tiveram duas conversas particulares. Na primeira, o treinador enfatizou que não montaria um esquema para o privilegiar em campo. Não houve conflito. 


O segundo papo aconteceu na saída do treinador para a Seleção Brasileira, quando ambos 'fizeram as pazes', com Dorival ressaltando que não houve implicância pessoal. O jogador concordou e ambos saíram da sala rindo.


Dorival havia lhe colocado para realizar exercícios específicos no início da pré-temporada após o colombiano não realizar exercícios que foram passados pela comissão médica tricolor para serem feitos durante as férias. 


Com a chegada de Thiago Carpini, o ex-camisa 19 acreditou que enfim ganharia chances, mas o novo comandante são-paulino, avisado do que ocorreu e orientado pelo antecessor, continuou trabalhando fisicamente o jogador e sequer o inscreveu para as disputas do Campeonato Paulista e Supercopa. 
















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