@rafaelemilianoo
Em entrevista à 'TNT Esportes', o experiente lateral-direito Rafinha, capitão tricolor e que atuou ao lado de James Rodríguez no Bayern de Munique, da Alemanha, contou os bastidores da decisão do astro colombiano de recusar viajar com a delegação para Belo Horizonte (MG) para a final da Supercopa do Brasil, no último dia 4.
"É meu parceirão, mas vocês estão cobertos de razão. Eu falei para ele 'vamos lá, não custa nada, você vai lá e amanhã volta'. Isso já havia sido conversado entre eles antes da final, mas claro que a gente queria que ele tivesse lá", disse.
Segundo Rafinha, a frustração por não jogar de James foi compreendida internamente.
"É final, todo mundo quer participar, todo mundo que tava machucado foi. Vai saber o que esse cara está passando. Eu queria que ele tivesse lá, porque não é normal. Quem não entende, acha que ele está de sacanagem", disse.
ACABOU O ENCANTO
O fim da passagem de James Rodríguez no São Paulo após 14 partidas, três assistências e um gol não deixará saudades para nenhum dos dois lados.
Contratado no fim de julho do ano passado com o status de principal reforço não só do São Paulo, mas também do futebol brasileiro, o ex-camisa 19 começou a se enervar quando não entrou em campo em nenhum dos últimos três jogos da Copa do Brasil em que esteve à disposição de Dorival Júnior.
O então técnico são-paulino, aliás, foi um dos primeiros a 'perder o encanto' com James. Depois de testá-lo em diversas posições e inclusive espelhar o modo de jogar da Colômbia nas Eliminatórias para a Copa do Mundo, onde brilha, chegou à conclusão de que não havia espaço para o astro no time.
Mesmo assim, contudo, o clima de James dentro do grupo era ameno. E o jogador seguiu sendo profissional, respeitando horários de treinamento e ordens da diretoria.
Neste ano, conforme o AMT revelou, após o ex-camisa 19 sofrer assédio internacional e sinalizar que poderia sim deixar o Morumbi, James e Dorival tiveram duas conversas particulares. Na primeira, o treinador enfatizou que não montaria um esquema para o privilegiar em campo. Não houve conflito.
Dorival havia lhe colocado para realizar exercícios específicos no início da pré-temporada após o colombiano não realizar exercícios que foram passados pela comissão médica tricolor para serem feitos durante as férias.
Com a chegada de Thiago Carpini, o ex-camisa 19 acreditou que enfim ganharia chances, mas o novo comandante são-paulino, avisado do que ocorreu e orientado pelo antecessor, continuou trabalhando fisicamente o jogador e sequer o inscreveu para as disputas do Campeonato Paulista e Supercopa.
0 Comentários