@rafaelemilianoo
O atacante André Silva, de 26 anos, contratado junto ao Vitória de Guimarães, de Portugal, foi apresentado oficialmente como novo reforço do São Paulo. Mas, por mais euforia que a chegada de uma opção a Calleri para o setor ofensivo possa trazer, fica contudo a dúvida ao torcedor: quais dos 26 nomes da atual relação de jogadores inscritos pelo clube para a disputa do Campeonato Paulista na chamada 'lista A' cederá seu lugar ao novo companheiro?
Uma olhada rápida no rol de atletas disponíveis para o Estadual revela de imediato que três integrantes estão atualmente se recuperando de contusão.
A opção que poderia surgir com maior obviedade seria de Nestor. O cria de Cotia se recupera de cirurgia no joelho esquerdo e sua recuperação plena pode demorar mais de um mês. Mas o jogador iniciou na última segunda-feira (26) a transição total para os trabalhos no gramado.
Os olhares então se voltam para a lateral-direita, onde o técnico Thiago Carpini tem duas opções no Reffis: Moreira (lesão no músculo reto femoral da coxa direita) e Rafinha (lesão no tendão semitendíneo da perna esquerda).
Na última segunda, Moreira intercalou trabalhos no Reffis e no gramado, enquanto Rafinha permaneceu na parte interna.
Outro contundido do plantel, o volante Luiz Gustavo já foi substituído pelo Tricolor na segunda pelo meia James Rodríguez.
Do atual plantel são-paulino, apenas o volante Luan não foi inscrito pelo clube para o Paulistão. O plano é negociá-lo até o início do Campeonato Brasileiro.
COMO FUNCIONA A LISTA?
Cada clube que disputa o Paulistão pode ter duas listas de inscritos para a competição.
A principal, chamada de 'A', pode ter até 26 nomes. O limite inicial de inscrição foi até o dia 10 de fevereiro, mas os clubes pode fazer alterações de nomes que comprovadamente se contundiram durante a disputa do campeonato (caso de Luiz Gustavo).
Após o término da primeira fase do Estadual, a FPF (Federação Paulista de Futebol) libera até quatro alterações para o mata-mata, com data limite de 10 de março.
Mas obrigatoriamente os clubes precisam contratar reforços até o dia 7 de março, quando fecha a janela de transferências do futebol brasileiro neste primeiro semestre.
A 'lista B', usada desde 2018, é composta por jogadres comprovadamente formados nas categorias de base do clube. Não há data para inclusão de atletas nela, mas é necessário cumprir algumas exigências, como ter no mínimo 16 anos, ter no máximo 20 e estarem registrado na entidade pelo clube há pelo menos um ano (mesmo sendo emprestado).
A SITUAÇÃO DE ANDRÉ SILVA
O São Paulo agiu rápido para tentar evitar que o Vasco, por meio de seu gerente Alexandre Mattos, lhe desse chapéu nas tratativas para contratar o atacante André Silva junto ao Vitória de Guimarães, de Portugal.
Dirigentes do clube do Morumbi se reuniram com o estafe do jogador na manhã desta segunda-feira (26) e ouviram a certeza de que Silva, 26 anos, quer atuar no Tricolor.
Segundo o apurado pelo AVANTE MEU TRICOLOR, alguns fatores pesaram na decisão do atacante: o Tricolor vai disputar uma Copa Libertadores e, sendo natural de Taboão da Serra (SP), jogar na capital paulista lhe deixaria mais próximo da família.
Fora isso, foi passado aos empresários que Silva ficou comovido com o carinho recebido de são-paulinos nas redes sociais.
O problema para o São Paulo agora é concretizar o negócio a tempo do fechamento da janela de transferências brasileira, em 7 de março.
Isso porque o Vitória de Guimarães não aceitou as ofertas iniciais feitas pelo São Paulo. Uma delas era de empréstimo com opção de compra. Em seguida, o Tricolor fez mais duas ofertas: uma com um valor menor do que a pedida de 3,5 milhões de euros (aproximadamente R$ 18,8 mi), mas que manteria parte dos direitos econômicos com o clube português, e a última delas era em parcelar o montante em prestações semestrais.
É nessa esperança que o Vasco se segura, já que Mattos, após autorização do grupo responsável pela SAF dos cariocas, teria autorizado o pagamento à vista.
Em miúdos, cada equipe tem um acerto com uma parte diferente, por mais que o São Paulo não tenha feito nenhuma proposta oficial de contrato.
Artilheiro do Vitória na temporada, com 13 gols, Silva surgiu nas categorias de base do Diadema, equipe semi-amadora. E não teve tempo de escrever seu nome no pequeno clube do Grande ABC. Logo foi emprestado às categorias de base de Shakhtar, da Ucrânia, e Internacional, onde não conseguiu se destacar.
Foi então vendido ao Rio Ave em 2017 e iniciou sua caminhada no futebol lusitano, onde iniciou sua carreira adulta. Em 2019, sem contrato, acabou acertando com o Arouca e, três anos depois, negociado com o Vitória por 1,2 milhão de euro (cerca de R$ 6,4 milhões).
ASSÉDIO EUROPEU
Foi no Arouca, onde jogou de meia, segundo atacante e ponta que André Silva começou a entrar no radar do Velho Continente: marcou dez gols e deu duas assistências em 31 jogos na temporada 2020/21. Também teve bons números em 2021/22, com dez gols e três assistências em 34 jogos.
Atualmente o jogador vive uma sequência de quatro gols marcados nos últimos quatro jogos e já anotou mais do que o dobro de tentos da temporada anterior, em que teve uma lesão e conseguiu ir às redes seis vezes em 32 jogos.
O desempenho, claro, não passou despercebido. E o Verona, da Itália, anunciou sua contratação na última janela de transferências europeia. Exatamente pelos 3,5 milhões de euros pedidos ao São Paulo agora.
E aí que a história ganha versões desencontradas. O jogador não conseguiu ser inscrito. Segundo o Verona, por problemas na documentação. Segundo o Vitória, por um erro grosseiro: os italianos pensaram que ele era português. E não havia vagas livres para estrangeiros de fora da comunidade europeia no plantel.
Segundo a imprensa portuguesa, contudo, não houve acordo para pagamento da comissão a que empresário e jogador teriam direito. Motivo pelo qual, mesmo observado até mesmo por gigantes locais, há um compromisso para liberação do jogador em caso de proposta semelhante.
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