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Torcedor assumido do Guarani, Carpini reencontra clube que o lançou como treinador, com histórico de carrasco

 

Os ainda raros cabelos brancos já mostram experiência de Carpini (Foto: Divulgação/SPFC)

MARCIO MONTEIRO
@Marcio_oretorno
25/02/2024

Thiago Carpini se mostra sempre bastante sincero em suas entrevistas coletivas pelo São Paulo. Prova disso é que ele nunca escondeu também que era torcedor do Guarani na infância. E neste domingo (25) vai ter mais um reencontro com seu clube de coração.

A ligação de Carpini com o Bugre passou por todos os níveis possíveis: de torcedor que acompanhava o time em caravanas, a jogador, auxiliar técnico e depois treinador. E agora vai enfrentar, pela quarta vez, o Guarani comandando um outro clube, o São Paulo.


“A minha relação com o Guarani começa na infância. O primeiro jogo que fui em um estádio foi Guarani contra Corinthians. Meu tio me levou, a gente ficou na cabeceira e ali virou meu cantinho preferido no estádio. Era um time com Amoroso e Luizão. Nunca vou esquecer. Foram vários momentos na minha infância e adolescência, tanto nas arquibancadas, quanto no clube social e nos ginásios. Eu me lembro da minha primeira caravana. Três ou quatro ônibus saíram de Campinas para acompanhar o jogo contra o Palmeiras no Palestra Itália”, revelou Thiago Carpini ao BugreCast, em 2020. 

DAS ARQUIBANCADAS AO GRAMADO

Fez alguns testes no Guarani quando resolveu ingressar na carreira de jogador, mas foi reprovado. Ironicamente, foi na maior rival Ponte Preta que ganhou projeção nacional em 2006, como zagueiro e volante. 

Após rodar pelo Brasil, realizou seu sonho ao jogar no time de infância em 2014. Ficou três temporadas no Guarani, com 58 jogos. Foi no final de sua passagem pelo time campineiro que começou a fazer faculdade de educação física, já pensando em seu futuro.

Carpini já no fim da carreira, pelo Guarani (Foto: Rodrigo Villalba / Memory Press)

O futuro chegou rápido, e em 2018, Thiago Carpini iniciava sua trajetória como técnico, para no ano seguinte ser convidado pelo Guarani para ser treinador auxiliar fixo. Mas, 40 dias depois, com a demissão de Roberto Fonseca no Bugre, assumiu como interino e salvou o time campineiro, que estava na lanterna, da queda na Série B em 2019. 

Depois, em suas andanças pela nova carreira, enfrentou o Guarani por três vezes, com 100% de aproveitamento. Em 2021, venceu por 1 a 0 pela Inter de Limeira. Um ano depois, novo placar positivo, 3 a 2 a frente do Santo André. E para fechar, na última temporada, bateu o Bugre por 1 a 0 comandando o Juventude na Série B.


CRISE EM CAMPINAS

E se o retrospecto já é totalmente favorável a Carpini, a fase atual do Guarani também não ajuda. O time está na zona do rebaixamento do Paulistão, com cinco derrotas e um empate nos últimos seis duelos disputados. E a situação do clube é ainda mais caótica fora dos gramados. 

Em 9 de fevereiro, demitiu o técnico Umberto Louzer, para três dias depois anunciar Claudinei Oliveira. Já no último dia 18, as trocas seguiram, agora no departamento de futebol. O superintendente Juliano Camargo e o auxiliar técnico Rodrigo Leitão foram desligados.

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Já o CEO Ricardo Moisés foi afastado do departamento de futebol, e agora permanece de forma exclusiva nas funções administrativas do Guarani. Dois dias depois, nova polêmica, agora envolvendo o elenco de jogadores. 

Na última terça-feira (20), a delegação alviverde buscava paz longe da crise campineira e iria viajar para Guararema. Os volantes Lucas Araújo e Wenderson já estavam dentro do ônibus com a delegação a caminho do destino, mas o veículo teve que voltar ao Brinco de Ouro por ordem da diretoria, que havia acabado de fazer uma reunião emergencial.

Os dois atletas foram cortados do grupo após fotos que saíram de ambos nas redes sociais no aniversário do atacante Neílton, ex-Bugre, na noite anterior, quando os jogadores estavam de folga. A decisão da diretoria não pegou bem com o elenco, já que outros nomes também estavam na festa, mas que apenas não foram fotografados, e no fim todos chegaram no horário da reapresentação no dia seguinte. 

Mesmo com tanta história com o Guarani, Thiago Carpini só tem cabeça atualmente para o São Paulo, que também está em ‘crise’, mas em dimensão absurdamente menor. Após embalar uma boa sequência de jogos no início da temporada, inclusive com a conquista de seu primeiro título como técnico, da Supercopa, o treinador não vence a três jogos com o Tricolor pelo Paulistão e precisa reabilitar a equipe que está fora da zona de classificação. 

Com o retorno de jogadores importantes no time titular, o São Paulo já viajou para Campinas, onde encara o Guarani às 18h (de Brasília) deste domingo (25), no Brinco de Ouro da Princesa, pela 10ª rodada do Paulistão. 



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