Assassino de Daniel, ex-jogador do São Paulo, é condenado a mais de 42 anos de prisão

Ex-jogador Daniel foi brutalmente morto no Paraná em 2018 (Foto: Divulgação/SPFC)

MARCIO MONTEIRO

@Marcio_oretorno

21/03/2024

Quase seis anos após a morte do ex-jogador que pertencia ao São Paulo, Daniel Corrêa Freitas, seu assassino, Edison Luiz Brittes Júnior, foi condenado a 42 anos, 5 meses e 25 dias de prisão em regime fechado por homicídio triplamente qualificado.

Na noite desta quarta-feira (20), em São José dos Pinhais (PR), o júri popular definiu as sentenças dos sete envolvidos na morte do ex-jogador Daniel. A sentença foi anunciada pelo juiz Thiago Flores Carvalho, que conduziu o julgamento na Região Metropolitana de Curitiba. A decisão ainda cabe recurso.

O crime aconteceu em outubro de 2018, quando Daniel tinha 24 anos. O atleta foi encontrado parcialmente degolado e com o órgão genital cortado.

Réu confesso, Juninho Riqueza, como é conhecido Edison Brittes, estava preso preventivamente na Casa de Custódia de São José dos Pinhais desde novembro de 2018. Ele foi acusado por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e coações no curso do processo.

Contratado no final de 2014 pelo São Paulo, Daniel teve uma séria lesão logo em sua chegada e ficou quase um ano sem jogar. Não conseguiu se firmar no Tricolor e acumulou empréstimos para Coritiba, Ponte Preta e São Bento, clube onde estava quando foi assassinado.

O São Paulo, agremiação com a qual Daniel tinha vínculo de trabalho até o final de 2018, pagou os honorários do atleta à família da vítima até o final do contrato, além de ter ajudado com traslado do corpo e enterro.

Confira as demais condenações e absolvições do caso:

Cristiana Rodrigues Brittes (Esposa de Edison Brittes Júnior)

- 6 meses de prisão e 1 ano de reclusão (regime aberto);

- Foi condenada por fraude processual e corrupção de menores;

- Autoria não reconhecida nas acusações de homicídio qualificado e coação ao curso do processo.

Allana Emilly Brittes (Filha de Edison Brittes Júnior e Cristiana Rodrigues Brittes)

- 6 anos, 5 meses e 6 dias de prisão (regime fechado)

- Foi condenada por fraude processual, corrupção de menores e coação ao curso do processo.

David Willian Vollero Silva

- Foi absolvido das acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual;

Ygor King

- Foi absolvido das acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;

Eduardo Henrique Ribeiro da Silva

- Foi absolvido das acusações de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual;

Evellyn Brisola Perusso

- Foi absolvida da acusação de fraude processual.