@jogosspfc
DO ANOTAÇÕES TRICOLORES
Embora a situação do São Paulo no Campeonato Paulista esteja longe de ser desesperadora, também é verdade que o time não está
garantido nas quartas de final do torneio e
precisará vencer o Ituano amanhã, no Novelli
Júnior, para não depender de outros resultados. O adversário jogará suas últimas chances
de evitar o rebaixamento, enquanto o Tricolor
poderá até obter a classificação com um resultado negativo, mas aí correndo riscos até
o apito final, dependendo do que acontecer
com Novorizontino e São Bernardo.
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A chance é boa de ficar com a vaga, mas,
do ponto puramente estatístico, não será
nenhuma aberração se o São Paulo ficar
fora do mata-mata estadual. Só que, estatística à parte, isso seria um desastre, em
sentidos que vão muito além da relevância
do torneio: a premiação que deixará de ser
recebida, o dinheiro que não será arrecadado com bilheterias e a pressão sobre elenco
e, principalmente, técnico, que aumentará
exponencialmente. É justamente sobre esta
última parte que quero falar hoje.
Por mais que Thiago Carpini venha demonstrando tranquilidade em suas entrevistas coletivas mais recentes, ele seria irresponsável se estivesse ignorando o risco de uma queda precoce. Mesmo que a diretoria garanta seu emprego independentemente do resultado no torneio, o treinador certamente sabe o que terá pela frente em caso de fracasso (e isso sem nem levar em consideração que garantias de cartolas brasileiros, particularmente os desta gestão, não são exatamente confiáveis).
É compreensível que ele se sinta pressionado. Como isso vai afetar suas decisões até
por volta das 18 horas de amanhã é que é a
grande incógnita. Meu palpite — baseado
95% em opinião e 5% em informação — é
de que James Rodríguez será titular em Itu.
Talvez uma tentativa de fazer o time jogar
de maneira diferente, possivelmente misturada com a intenção de angariar certa
boa vontade da parte da torcida que acha
o colombiano indispensável.
Também não descarto que os vídeos de
treinos cada vez mais raros nos últimos dias
possam ter a ver com isso.
Já há algum tempo não são mostradas cenas de atividades táticas, e ontem nem sequer houve qualquer imagem em movimento de qualquer parte dos trabalhos feitos em campo. Não sei se é o caso, e esse cenário está longe de ser confirmado, sendo apenas uma elucubração, mas talvez faça sentido um técnico ainda em início de carreira, comandando um clube grande pela primeira vez, tentar esconder o máximo possível de informações, ainda mais sob forte pressão por resultado.
Já dentro de campo, as escolhas terão
como variáveis adicionais o que acontecer
durante a partida. Uma vantagem confortável ainda no primeiro tempo pode dar uma
bem-vinda tranquilidade, enquanto um placar mais desconfortável, tal qual um 0 a 0
prolongado ou mesmo o Ituano saindo na
frente, tem o potencial de tornar qualquer
opção diante de Carpini mais difícil. Quão
mais difícil, é impossível dizer, mas é melhor
torcer pelo primeiro cenário, para não precisarmos descobrir a resposta do pior modo.
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