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São Paulo é multado pela FPF por vetar sala de coletiva para Abel Ferreira após clássico quente com o Palmeiras

 

São Paulo levou punição da Federação por ato após o clássico (Foto: Reprodução/Instagram)

MARCIO MONTEIRO
@Marcio_oretorno
04/03/2024

O São Paulo foi multado nesta segunda-feira (4) pela Federação Paulista de Futebol (FPF) por não ter disponibilizado a sua sala de entrevistas coletivas do Morumbis ao técnico Abel Ferreira, após empate quente por 1 a 1 com o Palmeiras na noite de domingo (3).

O Tricolor recebeu uma multa administrativa da FPF, no valor de R$ 5 mil. A punição ainda cabe recurso. A Federação se baseia no artigo 48, parágrafo 3º, de seu regulamento, que exige que os clubes mandantes disponibilizem um espaço adequado para a realização das entrevistas coletivas.


"Havendo apenas uma sala ou espaço de imprensa disponível no estádio, será realizada a entrevista da equipe visitante e, posteriormente, a entrevista da equipe mandante, salvo acordo prévio realizado entre os clubes, que deverá ser informado à Federação Paulista de Futebol com pelo menos 24 horas de antecedência da realização de partidas", diz o texto do regulamento do Paulistão.

A 'GUERRA DA SALA DE IMPRENSA'

Na explicação para o veto na noite deste domingo, o Tricolor citou "reciprocidade" pela postura do rival pelo confronto entre os dois no duelo do returno do Campeonato Brasileiro do ano passado, na arena verde.

É sabido que o Palmeiras não disponibiliza a estrutura montada no local para as equipes visitantes, que utilizavam um espaço improvisado ao lado dos elevadores de acesso às cabines, tribunas e camarotes, o que acabava atrapalhando as entrevistas pelo barulho gerado.

Naquele fatídico dia, contudo, em 25 de outubro, o Palmeiras mudou o local para um espaço de passagem para o vestiário dos gandulas, próximo do corredor onde é realizada a zona mista, ainda com menos estrutura: não havia tomadas, como captar o áudio sem ruídos, jornalistas tiveram que se sentar no chão, e, para piorar, a assessoria de imprensa do São Paulo foi impedida de estender o banner com os patrocinadores atrás do então técnico Dorival Júnior com melhor visibilidade. A alegação era de que estragaria a pintura da parede.

A situação causou revolta interna no São Paulo, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR apurou, primeiro pelo clube não ter sido avisado antecipadamente. Desde então, era estudada a reciprocidade quando o rival visitasse o Morumbis.

"É injusto todas às vezes que eles vêm ao Morumbi tenham todo o conforto de um local fechado, com isolamento acústico, ar-condicionado, painel virtual para os patrocinadores e simplesmente não nos oferecem tratamento semelhante", limitou-se a dizer um diretor tricolor que deu aval para a não-liberação do espaço na casa são-paulina.


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