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VAI ENTENDER: Leila elege Julio Casares como representante paulista no Conselho de Clubes

Leila e Casares em 2023, em reunião da Libra (Rafael Emiliano)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo


Inimigos, pero no mucho...


Para quem esperava o rompimento de relações entre Palmeiras e São Paulo por conta dos fatos ocorridos no Morumbis no último final de semana, após o empate no clássico pelo Campeonato Paulista, nos bastidores o indício é de que a mandatária do rival verde, Leila Pereira, 'baixou a guarda'.


Durante o Conselho Arbitral da CBF para o Campeonato Brasileiro deste ano, realizado na última terça-feira (5), Leila não só sugeriu como liderou a votação dos paulistas das séries A e B em Julio Casares para ser o representante do Estado no Conselho Nacional de Clubes. 


O mandatário tricolor integrará o colegiado ao lado dos colegas de Internacional, Fluminense, Fortaleza e Atlético-GO.


Em um primeiro momento, o bloco de integrantes da Libra, do qual fazem parte Palmeiras e São Paulo, tinha como opção Rodolfo Landim, do Flamengo, mas sentiu-se a necessidade de um paulista.


Rapidamente, tratou-se de sugerir o nome de Casares, eleito por aclamação.



Ainda na terça, a impressão era de guerra total entre Palmeiras e São Paulo, após Leila falar sobre toda a confusão envolvendo dirigentes e jogadores do Tricolor nos vestiários do Morumbis após o clássico. 


A mandatária criticou veementemente as atitudes são-paulinas, principalmente o diretor de futebol Carlos Belmonte. Leila quer barrar a presença do dirigente tricolor da arena palmeirense. 

“Vi o vídeo horrível do senhor Carlos Belmonte xingando o nosso treinador e acho que tudo na vida a gente tem que refletir primeiro antes de falar. Por isso que estou aqui hoje, com a cabeça fria, dizendo que espero que as autoridades tenham uma atitude exemplar, punindo o Belmonte para que isso não aconteça novamente. Vou conversar com meus advogados que eu gostaria até que ele não fosse mais no Allianz. É uma persona non grata nos nossos ambientes. Temos que coibir essa violência insana, e nós como dirigentes temos que ser os primeiros a levantar essa bandeira”, declarou a presidente ao portal Globo Esporte.

“Eu só acredito que conseguimos coibir esse tipo de violência com punição, e tem que começar pelos dirigentes. Eles querem jogar para a torcida deles, para ficar bonito com o torcedor, só que o São Paulo não joga sozinho. Acaba incitando uma violência com os outros clubes, que o torcedor comum não tem culpa. Estamos muito revoltados e não vou admitir que alguém agrida fisicamente ou verbalmente qualquer um dos nossos profissionais”, continuou Leila. 

“Tem que começar por nós coibirmos esse tipo criminoso de rivalidade. Como se coíbe? Respeitando o seu adversário, não dando esse ataque histérico que o São Paulo deu. O dirigente que fala uma coisa e age de outra forma. Você fica bem com a torcida conquistando títulos, pagando as contas em dia, tendo atletas respeitando porque honra os compromissos. Não existe mais no século 21, não cabe mais os cartolas do passado que gritavam, batiam na mesa. Isso não existe mais”, acrescentou ela, que seguiu.

“No fundo, eu acho que tudo é despeito, inveja do trabalho ímpar do Abel aqui no Brasil. Atacar gratuitamente um treinador... Se acham que o Abel está procedendo de uma forma que acham que não seja correta com arbitragem, a arbitragem que tem que dizer”. 

“Eu não tenho que procurá-lo (Julio Casares). Ele quem tem que me procurar, eu fui desrespeitada na casa dele. Ele teria que me procurar e ainda pedir desculpas públicas. Quero desculpas públicas e o comprometimento de que isso não vai acontecer mais”, reclamou a investidora do Palmeiras.

Como resposta, o São Paulo enviou ao Globo Esporte um comunicado assinado por seu presidente Julio Casares. Confira abaixo:

"Carlos Belmonte não é xenófobo. Conversei com ele sobre o assunto, e ele me explicou que, de cabeça quente após os erros de arbitragem na partida, usou a nacionalidade do treinador como forma de identificação, e não qualificação. E, ele destacou que naquele momento, o próprio treinador não estava no local.

Lamento que em 2022 a presidente Leila não pensou de forma inclusiva e em promover a paz nos estádios. Na ocasião, após o término da final do Paulistão, não houve qualquer comoção ou pedido de desculpas da instituição sobre ato homofóbico em relação ao São Paulo Futebol Clube.
Dirigentes, técnicos, jogadores e demais pessoas envolvidas no futebol não devem agir com violência. Repudio quem maltrata jornalista retirando seu instrumento de trabalho das mãos, quem chuta microfone, quem peita jogador do time adversário mesmo não sendo atleta. Enfim, temos todos juntos de trabalhar para combater esse tipo de situação, tanto dentro como fora de campo.

Respeito ao adversário também deve ser dado com boas instalações em seu estádio próprio, condições para jornalistas trabalharem e segurança. Sempre recebemos bem a Leila, como ela mesma diz, no MorumBIS. Mas não podemos dizer o mesmo do São Paulo no Allianz. Já tivemos diversos incidentes com nossos profissionais por lá. Não podemos viver como dirigentes do passado, mas não podemos deixar de ter o amor por nosso time do coração.".














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