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Bola aérea, estilo ofensivo, zaga desprotegida... Veja as armas e pontos fracos do Talleres, rival do São Paulo na Libertadores

Jovem talento da seleção paraguaia, Ramón Sosa é destaque do Talleres (Foto: Reprodução)

MARCIO MONTEIRO
04/04/2024

O São Paulo faz nesta quinta-feira (4), às 21h (de Brasília), sua estreia na Copa Libertadores, talvez contra o rival mais complicado do Grupo B, o Talleres, da Argentina, que vive boa fase no campeonato nacional.

Na atual Copa da Liga Argentina, o Talleres faz ótima campanha, com 22 pontos, na vice-liderança do Grupo A, e o segundo melhor ataque com 21 gols (média de 1,75 por partida). 

Os destaques ofensivos são o paraguaio Ramón Sosa, que atua pela ponta esquerda, e o centroavante Federico Girotti, extremamente perigoso na bola aérea com seu 1,90m. Os atletas dividem a artilharia do Talleres no Campeonato Argentino, com quatro gols cada um, e Sosa ainda soma o mesmo número de assistências no torneio.

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O Talleres não foi campeão em 2023, mas obteve a sua vaga para a Libertadores 2024 pela 2ª melhor campanha geral no Campeonato Argentino. O grande destaque do time na campanha era o meia Rodrigo Garro, hoje no Corinthians.

Comandado pelo técnico argentino Walter Ribonetto, em seu primeiro trabalho como treinador principal aos 49 anos, o Albiazul vem de sete partidas de invencibilidade, sendo quatro vitórias e três empates nos últimos jogos. 

Em seu último compromisso, no sábado (30), pelo Campeonato Argentino, o Talleres derrotou o Vélez Sársfield por 1 a 0, com destaque para seus laterais Benavídez e Navarro, o primeiro eleito o melhor em campo. 

Benavídez, no entanto, ao lado dos meias Marcos Portillo e Rubén Botta, foram substituídos com dores e ainda não têm presença confirmada no duelo desta quinta-feira contra o São Paulo em Córdoba. 


Segundo a imprensa argentina, as armas ofensivas do time são a pressão constante e o estilo de jogo agressivo. O Talleres é uma equipe que nunca entra em campo para se defender e sempre tenta impor seu ritmo, investindo muito pelas laterais e apostando na velocidade de Sosa.

A equipe de Córdoba joga no 4-3-3, com o volante Portilla fazendo o papel de cão de guarda para dar mais liberdade aos meias Ortegoza e Galarza, estes que aparecem bem para finalizar na área. Portilla, porém, arrisca bastante na saída de bola, o que pode ser proveitoso ao São Paulo. 

O sistema defensivo argentino também fica vulnerável com as frequentes descidas de seus laterais, e seus zagueiros, Catalán e Juan Rodríguez, não são dos mais velozes, sobrecarregando assim ainda mais o volante Portilla. 

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Na frente, Sosa e Botta, pontas que jogam com o pé invertido, caem bastante pelo meio para ficarem em condições de chute. Botta, inclusive, é o homem da bola parada do Talleres, forte ofensivamente com sua dupla de zaga e o grandalhão Girotti. 

Dois nomes de ataque conhecidos do público brasileiro deste time, hoje são reservas. O experiente Gustavo Bou, ex-River Plate e Racing, e Nahuel Bustos, sim, aquele de passagem apagada pelo São Paulo e camisa 10 do Talleres, são opções no banco. Bustos começou o ano como titular, mas, com fracas atuações e apenas um gol na Liga Argentina, perdeu a vaga para Girotti. 

Saiba mais sobre o rival da estreia do São Paulo na Libertadores:

Nome: Club Atlético Talleres
Local: Córdoba, Argentina
Fundação: 12 de outubro de 1913
Participações na Libertadores: 4 (2002, 2019, 2022 e 2024)
Principais títulos: Copa Conmebol (1999), Campeonato Argentino – Série B (1997-98 e 2016) e Torneio Argentina A – 3ª Divisão (2012-13 e 2015)
Destaques individuais: Ramón Sosa e Federico Girotti
Curiosidades
- Guiñazu, ex-volante campeão da Libertadores pelo Inter, é hoje diretor do Talleres, clube pelo qual encerrou a carreira.
- O camisa 20 Botta, mais experiente do time com 34 anos, defendia o Tigre na icônica final da Copa Sul-Americana 2012 vencida pelo São Paulo, quando os rivais não voltaram do vestiário para o 2º tempo. Vai reencontrar Lucas no duelo.

Provável time: Herrera; Vigo (Benavidez), Catalán, Juan Rodríguez e Navarro; Portilla, Ortegoza e Galarza (Portillo); Botta, Girotti e Sosa. Técnico: Walter Ribonetto.


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