Thiago Carpini em partida da semana passada, na Argentina (Foto: Rubens Chiri/SPFC) |
@rafaelemilianoo
O São Paulo sofreu, mas conseguiu vencer o Cobresal por 2 a 0 nesta quarta-feira (10), no Morumbis, conseguindo o primeiro triunfo na atual edição da Copa Libertadores.
As circunstâncias do jogo, que se arrastou em uma igualdade do placar até a reta final do segundo tempo, fazem com que parte da torcida tricolor não amenize as críticas ao técnico Thiago Carpini, extremamente pressionado.
Nos vestiários após a partida, o comandante são-paulino, que ganha mais uma sobrevida no cargo, apontou que entende a postura da maioria dos tricolores, mas que prefere se apoiar no que percebeu de apoio vindo das arquibancadas.
"Eu entendo em alguns momentos a chateação do torcedor, mas prefiro valorizar o torcedor que nos empurrou o tempo todo. Por mais que o torcedor esteja incomodado — e ele tem razão —, a carga emocional para o jogo era muito grande. Sabemos que a primeira fase é tiro curto, e não vencer hoje seria muito desastroso para a caminhada do São Paulo", disse.
Apesar da maioria da torcida se mostrar favorávelà sua demissão, Carpini diz que recebeu relativo apoio nos últimos dias. E entende queo trabalho ainda está em uma fase muito inicial para que ele seja cobrado com a intensidade que aconteceu após a eliminação no Campeonato Paulista.
"Por incrível que pareça, recebo mensagens positivas... em 16 rodadas, são 60% de aproveitamento com todas as dificuldades. Tivemos jogos ruins, jogos bons, conquistas, eliminações... tudo já aconteceu. No balanço geral, vejo uma cobrança e um peso um pouco exacerbados, mas a gente precisa respeitar. Não sei se por conta da idade, acho que pode pesar, mas acredito que não, porque a competência não está atrelada a isso. Vejo jovens jornalistas competentes. Não é por isso. Não cheguei de graça, cheguei com muito mérito e vamos continuar. Vamos ter conquistas boas. Não tenho medo de falar porque sei o que está sendo feito no dia a dia. Respeito qualquer opinião contrária, mesmo que eu às vezes discorde", disse.
"Não vejo de maneira tão ruim o que apresentamos, visto que tentamos uma formação com três zagueiros, tivemos a lesão do Ferreira que nos pegou de surpresa ontem. São coisas que as pessoas não fazem força — sei que vocês vivem o futebol e entendem que você nunca vai ter o seu melhor se você não repetir. Acredito na continuidade de ideias e que, às vezes, as pessoas esperassem o fim do ciclo sem resultado. Acredito na continuidade e acredito que a diretoria também pensa desta maneira", concluiu o treinador tricolor.
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