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Cinco gols e expulsão em último jogo: arma do São Paulo, James Rodríguez volta a jogar a Libertadores após 14 anos

Camisa 55 do Tricolor, James disputará sua 2ª Libertadores na carreira (Foto: Rubens Chiri/SPFC)

MARCIO MONTEIRO
03/04/2024

Hoje experiente aos 32 anos, James Rodríguez irá disputar pelo São Paulo apenas sua segunda Libertadores na carreira. A primeira foi quando o colombiano ainda era uma jovem promessa sul-americana de 18 anos, na edição de 2010 da competição.

A única aparição do meia no torneio foi pelo argentino Banfield. O clube havia conseguido sua vaga na Liberta graças ao inédito título do Torneo Apertura 2009, em que James foi um dos principais destaques da conquista.

Em seu debute pela Libertadores, Rodríguez não se intimidou e mostrou suas credenciais ao mundo do futebol. Na estreia, gol na vitória sobre o mexicano Morelia. Na 2ª rodada, mais um anotado na goleada por 4 a 1 sobre o Deportivo Cuenca-EQU. 


No terceiro jogo da fase de grupos, uma atuação de gala. O então camisa 8 do Banfield marcou duas vezes, de cabeça e de pênalti, para virar o jogo sobre o Nacional, no Uruguai, para 2 a 1. Os donos da casa, no entanto, acabaram conseguindo o empate no fim, mas James Rodríguez já despontava como um nome a ser observado no continente.

Os três duelos que fecharam a primeira fase marcaram uma leve queda de rendimento do Banfield, que avançou ao mata-mata em 2º lugar, mas não teve o mesmo brilho de seu jovem talento colombiano na reta final.

Logo nas oitavas de final, um confronto gigante: o Banfield tinha pela frente o forte Internacional. Na Argentina, no entanto, James voltou a marcar e abriu os caminhos da grande vitória por 3 a 1.


Na volta em Porto Alegre, porém, o sonho ruiu. O Inter fez 2 a 0 no placar, viu James Rodríguez ser expulso na etapa final por receber o segundo cartão amarelo, e avançou às quartas de final graças ao gol marcado fora de casa, que dava vantagem segundo o regulamento à época. 

James encerrava ali sua primeira e, até agora, única participação na Copa Libertadores, com oito jogos, cinco gols, uma assistência e um cartão vermelho na conta. Poucos dias depois, ele seria vendido ao Porto para começar sua trajetória europeia no futebol.

“Joguei a Libertadores pelo Banfield, era muito novo. O tempo passa rápido, a Libertadores é muito difícil com viagens longas, não como Champions, com viagens curtas. Acho que São Paulo tem time para fazer as coisas bem e poder ganhar a Libertadores, tem muito jogador bom, de qualidade, poder chegar à final”, disse o meia ao GE.com, em entrevista em 2023.

O jovem James nos tempos de Banfield (Foto: Reprodução/Instagram)

“Ganhei a Champions League, seria bom ganhar a Libertadores para entrar nesse grupo de Champions e Libertadores, que agora um amigo meu, o Marcelo, entrou nesse grupo. Por que não entrar nesse grupo bom?”, questionou James na ocasião.

O panorama agora é totalmente diferente. Assim como o citado Marcelo, James retornou da Europa ao futebol sul-americano com status de um dos principais nomes do elenco tricolor. Sua passagem até aqui, contudo, ainda deixa muito a desejar.

Atritos com o ex-técnico Dorival Júnior, recusa ao viajar com o elenco na Supercopa, pedido de rescisão de contrato e pouco depois pedido de desculpas para ficar já que não tinha mercado europeu e os poucos minutos em campo em 2024 marcam mais o ciclo do colombiano no São Paulo do que seus lampejos de craque em campo.

A sua escalação entre os titulares do São Paulo na estreia da Libertadores contra o Talleres-ARG, nesta quinta-feira (4), às 21h (de Brasília), ainda é incerta. O meia pode ser opção de Carpini para sair jogando, ou começar entre os reservas e ficar como arma para o 2º tempo.


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