@rafaelemilianoo
Oficializado na noite de sábado (20) como novo técnico do São Paulo, o argentino Luís Zubeldía já entrou para a história não só do clube do Morumbi, mas também do futebol paulista.
Com ele, o chamado 'trio de ferro' do futebol paulista, formado pelo Tricolor e os rivais Palmeiras e Corinthians, voltam após 80 anos a terem técnicos estrangeiros de forma simultânea.
A pesquisa foi feita por Alexandre Giesbrecht, nosso parceiro e autor do ANOTAÇÕES TRICOLORES.
Segundo o pesquisador, isso só aconteceu apenas outras duas vezes ao longo da história, nenhuma depois de outubro de 1944.
A primeira foi já no ano de fundação do São Paulo:
quando o uruguaio Ramón Platero assumiu
o cargo, em julho de 1930, o Corinthians já tinha o português Virgílio Montarini como seu
técnico havia mais de um ano, enquanto o
também uruguaio Humberto Cabelli estava
à frente do Palestra Itália.
A situação durou
pouco mais de cinco meses, até Cabelli fazer
seu derradeiro jogo pelo Alviverde — uma
semana depois Platero também comandaria
os são-paulinos pela última vez.
Exatos 14 anos depois, em maio de 1944,
a coincidência voltaria a se repetir, com a
chegada do argentino Joseph Tiger ao Alvinegro, juntando-se ao português Jorge Gomes de Lima, o Joreca, que assumira o Tricolor um ano antes, e ao uruguaio Ventura
Cambón, que dividia a função de treinador
do Palmeiras com o brasileiro Bianco.
Por
quase sete meses, os três gringos seguiram
em seus clubes, situação encerrada com a
saída de Tiger, ao fim da temporada.
Cambón seguiria como técnico único no Parque
Antártica para 1945, mas acabaria substituído por Del Debbio. Já Joreca permaneceria
mais três anos no Tricolor, conquistando
ainda os títulos paulistas de 1945 e 1946,
antes de ser demitido em meio à péssima
campanha no estadual de 1947.
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