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FALADOR PASSA MAL: dono do Botafogo entrega 'provas' de manipulação à polícia do Rio

Acionado, Textor não teve como recuar e entregou 'provas' (Reprodução)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo


O dono da SAF do Botafogo, John Textor, entregou na última sexta-feira (12) à Polícia Civil do Rio de Janeiro as provas que lhe motivaram a acusar alguns resultados do último Campeonato Brasileiro de serem manipulados. Entre as partidas citadas pelo estadunidense está a goleada por 5 a 0 sofrida pelo São Paulo para o rival Palmeiras, em 25 de outubro do ano passado.


A informação foi divulgada inicialmente pelo portal 'Metrópoles'. Ao AVANTE MEU TRICOLOR por meio de sua assessoria de imprensa, a Secretaria da Polícia Civil fluminense confirmou que o empresário apresentou arquivos, relatórios e imagens que podem embasar o seu argumento na Decon (Delegacia do Consumidor).


É a segunda leva de documentação apresentada por Textor após ele 'falar demais'. Alguns áudios foram entregues na última semana. Em uma das gravações, saegundo o estadunidense, um juiz reclama que não teve a sua propina paga.



No início do mÊs, Textor, sem nenhum tipo de prova concreta, o empresário faz insinuações do que diz ser "um grande escândalo de manipulação de resultados" da principal competição do futebol nacional, que seu time liderou por mais de 30 rodadas, antes de passar as últimas 11 sem vitórias e perder o título para o Palmeiras. 



“De acordo com especialistas e inteligência artificial, o jogo foi manipulado por pelo menos cinco jogadores do São Paulo”, escreveu Textor. 



“Sete jogadores mostraram desvios anormais em situações cruciais de gols, mas apenas cinco ultrapassaram limites que deixam clara e convincente a manipulação. É preciso deixar claro que a prova não estabelece motivos e também não sugere que nenhum clube foi responsável pela manipulação, além dos jogadores identificados. O relatório foi enviado ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) no fim de 2023, mas o STJD teve uma decisão clara de não investigar mais a fundo. Nomes dos acusados são e sempre deverão ser omitidos, e não mostrados à justiça desportiva. Essas provas devem ser apresentadas apenas para procuradores e investigadores governamentais. Eu não tenho intenção de prejudicar os acusados antes de eles conseguirem se proteger", destacou.



O Tricolor usou 16 jogadores na goleada para o Palmeiras: Rafael; Rafinha, Diego Costa, Lucas Beraldo e Caio Paulista; Gabriel Neves (Nestor), Alisson (Nathan), Michel Araujo e James Rodríguez (Méndez); Lucas (Wellington Rato) e David (Luciano). 



Sobre o documento enviado ao STJD, uma fonte revelou ao portal 'Goal Brasil' que Textor “fala que tem provas, mas não mostra nada”. “É tudo mentira. Ele não tem nada”, disse a pessoa ao veículo.



O São Paulo se posicionou sobre o ocorrido por meio de nota oficial, onde não só rebate as acusações infundadas do empresário, como enfatiza que o caso foi repassado a seu departamento jurídico para tomar medidas cabíveis.



"O São Paulo Futebol Clube tomou conhecimento e repudia veementemente as graves e infundadas acusações de participação de atletas do elenco tricolor em manipulação de resultado feitas pelo dono da SAF Botafogo. Tal afirmação sem nenhum vestígio de prova ataca a idoneidade de jogadores do elenco profissional masculino e a lisura da instituição São Paulo FC em seus 94 anos de história", destaca o Tricolor.



"O clube já acionou seu departamento jurídico, que estudará e tomará as medidas cabíveis na esfera legal", completa.


Após a divulgação da nota, o presidente Julio Casares gravou um vídeo, onde rebate as acusações do estadunidense. A declaração levou o empresário a responder o cartola são-paulino alguns dias depois.


“Júlio… cara, você é meu amigo. Não pude falar com você sobre isso por causa da natureza das provas que eu tenho. Eu tenho muito mais provas do que um relatório da Good Game!. Falei com investigadores independentes e razoáveis que não pareceram estar torcendo para clube algum. É muita informação, são meses de coleta de dados”, disse Textor.


“É uma quantidade imensa, admissível no tribunal, com credibilidade. Essa tecnologia é aceita por todos. É o início de um processo muito saudável. Eu não fiz acusação alguma contra o Palmeiras ou o São Paulo. O que fiz foi entregar evidências de manipulação de resultado com envolvimento de jogadores. Não sei quem fez esses jogadores se envolverem nisso. Não é meu trabalho”, completou o gringo.


De qualquer forma, o departamento jurídico do Tricolor protocolou interpelação judicial na Justiça do Rio de Janeiro exigindo que Textor responda em juízo seis perguntas: 


1- Quais seriam os sete jogadores do elenco do São Paulo que estariam envolvidos com a suposta manipulação de resultado?


2- Quais seriam os comportamentos de que o senhor tem informações (provas) de que teriam comprometido o jogo?


3- O senhor tem alguma prova que vincule a atuação de tais atletas de forma dolosa no resultado da partida?


4- O senhor tem provas de quem teria solicitado tal manipulação e de quais seriam os benefícios oferecidos aos atletas do elenco supostamente envolvidos na prática criminosa?


5- Existe algum indício de que tal manipulação tenha sido orquestrada pela Diretoria do São Paulo Futebol Clube?


6- Por qual motivo o senhor atacou o São Paulo, em vez de identificar o nome dos atletas envolvidos na manipulação?

 


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