James e Galoppo voltaram a aparecer no Tricolor (Foto: Montagem AMT/Divulgação SPFC) |
MARCIO MONTEIRO
08/04/2024
Na última partida do São Paulo, em derrota por 2 a 1 para o Talleres na Argentina, na quinta-feira (4), pela Libertadores, dois nomes bastante pedidos pela torcida voltaram a aparecer em campo: James Rodríguez e Galoppo.
O colombiano é aclamado pela torcida desde sempre, e enfim teve sua primeira chance como titular de Thiago Carpini. Já o meia argentino ganhou algumas oportunidades no início do ano, fora de sua posição preferida, e depois nunca mais apareceu no time, até a noite de quinta, em Córdoba, quando saiu do banco para substituir Alisson.
No jogo contra o Talleres, no entanto, James, mais uma vez, não repetiu suas boas atuações da seleção colombiana. Sem conseguir ser o armador capaz de criar grandes chances ao São Paulo, o meia foi substituído por Luciano, o autor do gol, aos 20 minutos da segunda etapa.
E Galoppo, que entrou junto com Luciano, mas no lugar de Alisson, foi um dos nomes que mudaram a cara do Tricolor na partida. Logo em seu primeiro lance no jogo, o argentino arriscou bom chute de fora da área, que parou na trave, mas acabou em gol no rebote feito pelo camisa 10.
Uma das grandes críticas sobre o técnico Carpini é a utilização de alguns jogadores, como Galoppo, fora da posição onde rendem melhor. O camisa 8 originalmente é um segundo homem de meio-campo, ou até mesmo um pouco mais avançado, na função de armador principal. Até de atacante já jogou com Rogério Ceni.
Com Carpini, no entanto, foi utilizado mais pelas pontas, onde não produziu tudo o que pode render ao time. Centralizado contra o Talleres, deu melhor movimentação ao Tricolor, arriscou dois chutes, ganhou os cinco duelos de bola que disputou, fez uma interceptação, um desarme e sofreu uma falta nos 25 minutos que atuou.
Nos passes, não foi assim tão efetivo. Deu dez e acertou seis, tentou um cruzamento sem resultado, mas acertou a única bola longa que realizou na partida, segundo dados do site Sofascore.
James atuou 65 minutos, sua maior participação neste ano até então, mas não conseguiu nenhuma finalização ao gol adversário. Foram 35 passes, com 30 certos, e apenas um cruzamento correto dos cinco tentados no jogo.
O colombiano, no entanto, acertou as quatro bolas longas lançadas e venceu três dos quatro duelos pela bola que disputou. Ainda contribuiu com três desarmes ao São Paulo na partida.
É bom ressaltar, porém, que no gol sofrido pelo Tricolor ainda no primeiro tempo, quando estava com um homem a menos pela lesão de Rato, James estava na marcação da jogada na entrada da área pela direita, mas não conseguiu interceptar a bola que acabou no fundo das redes são-paulinas.
James não conseguiu cortar passe que resultou no gol do Talleres |
Ainda assim, são números fracos para o atleta escaldo para ser o diferencial ofensivo da equipe, achar passes em profundidade que só sua tão aclamada habilidade acima da média pode proporcionar, chamar o jogo, driblar rivais ou tentar algum chute. Não o fez.
Não que Galoppo tenha feito uma partida espetacular em sua terra natal, e nem mesmo este texto propõe sua entrada no time na vaga de James Rodríguez, ambos podem atuar juntos perfeitamente. Apenas trazemos números ao leitor para comparação, e antes disso, o que vimos dentro de campo vale ainda mais para questão de análise do que dados.
Para o próximo duelo do São Paulo pela Libertadores, já nesta quarta-feira (10), contra o Cobresal, no Morumbis, James deve seguir com a titularidade na meia, ainda mais com os novos desfalques do time, Lucas e W. Rato, falando apenas dos homens de frente.
Já Galoppo será provavelmente mantido no banco de reservas, a não ser que Thiago Carpini mude o esquema da equipe, o que é muito difícil, ou improvise novamente o argentino pela ponta, fato já comprovadamente sem o resultado esperado.
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