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| Zubeldía estreou marcando história com a inédita vitória no Equador (Foto: Divulgação/SPFC) |
MARCIO MONTEIRO
26/04/2024
Que Luis Zubeldía, argentino de 43 anos, é bastante energético e intenso, seja à beira do campo ou nos treinos, já é sabido por todos que acompanham o técnico, e agora pela torcida tricolor. Restava saber como este estilo do treinador iria se encaixar no São Paulo. E foi da melhor maneira possível.
Todos os jogadores que foram perguntados sobre como era Zubeldía neste pouco tempo de trabalho responderam com a mesma palavra: intenso. Porém, o grupo abraçou totalmente e ideia e estilo frenético do novo comandante.
Para Luis Zubeldía, no entanto, isso ultrapassa qualquer tipo de estilo ou comportamento, chega a ser sua maneira de viver.
“Eu sou assim. Tem partida que eu estou mais ativo. Futebol é uma maneira de viver. É parte da minha vida. Futebol e a minha vida são a mesma coisa. Nossos estilos. Amo minha família e amo o futebol. É parte de minha vida. Tive a sorte de estar há muitos anos como jogador, auxiliar, treinador… e não sei distinguir isso. É uma maneira de viver”, comentou o técnico na entrevista coletiva após a vitória no Equador.
A maneira intensa de viver, no entanto, causa resultados em campo. Na noite desta quinta-feira (26), com apenas 14 minutos, após já ter feito muitas reclamações contra a arbitragem, recebeu seu primeiro cartão amarelo pelo São Paulo ao sair dos limites da área técnica.
Em suas últimas 21 partidas, computando as 20 anteriores sob o comando da LDU, Luis Zubeldía recebeu dez cartões amarelos, quase um a cada dois jogos, todos eles por reclamação excessiva em campo. Pode ser problema ao time em não ter o treinador em seu banco em alguns jogos, por ter que cumprir suspensão das punições.
Sabemos que isso não irá mudar, já estava no ‘pacote’ de sua contratação, os números estão aí que mostram o alto número de cartões que Zubeldía acumula. O jeito frenético acompanha o treinador nas partidas.
Durante a vitória sobre o Barcelona, andou de lá para cá, chamou os jogadores para orientações, se reuniu por algumas vezes com sua comissão técnica e viveu intensamente cada minuto da estreia. Os raros minutos em que ele consegue se acalmar, são nos gols. Quando o São Paulo conseguiu marcar, foram as poucas vezes em que pudemos ver Zubeldía sentado no banco de suplentes.
E ao apito final, entrou no gramado para saudar seus jogadores, inclusive brincando com o volante Pablo Maia, perguntando como ele não estava cansado. O grupo, definitivamente, já abraçou Zubeldía.
"Quando chega um treinador novo e com vontade nova, a gente sempre abraça o treinador, como fizemos com os treinadores anteriores. Eu sou argentino, e ele também, a gente gosta de treinadores intensos. Como ele falou, que ele vive o futebol como sua vida. Todo mundo abraçou a ideia dele, abraçou como ele planeja os jogos", confirmou Calleri após a vitória, após brincar dizendo que ‘não falaria mal dele, pois estava ali ao lado’, mostrando que o clima já é de descontração.
“Fomos para o campo e jogamos do jeito que ele quer. A gente vai seguir, todos juntos a gente vai conquistar muita coisa. É cedo para falar, mas são três dias de trabalho que aprendemos muito, mas vamos seguir em frente porque temos coisas muito importantes pela frente”, completou o camisa 9.
"Ele é um cara muito elétrico, gosta de participar do treino, no dia a dia. É um cara muito participativo. Vem para nos ajudar e vamos tentar ajudá-lo da melhor maneira possível também", corroborou o atacante Ferreirinha.
E já nesta próxima segunda-feira (29), Luis Zubeldía terá um duelo com um treinador que também é caracterizado por sua energia, as vezes até exagerada, nos campos, Abel Ferreira. O encontro entre argentino e português será no Morumbi, no clássico entre São Paulo e Palmeiras, marcado para às 20h (de Brasília).
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