Dono da SAF do Botafogo falou demais e agora terá que provar na Justiça |
A diretoria do São Paulo registrou queixa-crime contra o presidente do Botafogo, John Textor e exige que o dirigente do clube carioca seja responsabilizado judicialmente caso não prove as declarações dadas no início da semana, quando acusou jogadores do São Paulo de terem feito corpo mole contra o Palmeiras, no clássico vencido pelo time alviverde por 5 a 0, em outubro, pelo Campeonato Brasileiro.
O time do Morumbi protocolou interpelação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, e quer que Textor responda judicialmente, e com provas, seis perguntas:
1- Quais seriam os sete jogadores do elenco do São Paulo que estariam envolvidos com a suposta manipulação de resultado?
2- Quais seriam os comportamentos de que o senhor tem informações (provas) de que teriam comprometido o jogo?
3- O senhor tem alguma prova que vincule a atuação de tais atletas de forma dolosa no resultado da partida?
4- O senhor tem provas de quem teria solicitado tal manipulação e de quais seriam os benefícios oferecidos aos atletas do elenco supostamente envolvidos na prática criminosa?
5- Existe algum indício de que tal manipulação tenha sido orquestrada pela Diretoria do São Paulo Futebol Clube?
6- Por qual motivo o senhor atacou o São Paulo, em vez de identificar o nome dos atletas envolvidos na manipulação?
A declaração do dono da SAF do Botafogo foi rebatida por Casares. O dirigente tricolor tem o apoio da FPF (Federação Paulista de Futebol), outras entidades do futebol brasileiro e entrou junto com o rival Palmeiras no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pedindo punição ao estadunidense.
Retaliação tricolor vai vir em outras frentes
O São Paulo deve formalizar nos próximos dias o processo contra o time carioca por conta de uma dívida referente à compra de 70% dos direitos econômicos do volante Tchê Tchê, em 2021.
O Botafogo pagou apenas uma parcela não divulgada dos R$ 4,8 milhões que teriam sido acertados, dos quais também teriam sido reduzidos cerca de US$ 350 mil (cerca de R$ 1,8 milhão) referentes ao empréstimo de Érison, no ano passado.
Com juros e correção monetária, o valor devido atualmente seria de quase R$ 3,8 milhões. Com o prazo vencido mais recente expirando em 20 de fevereiro, sem pagamento, o Tricolor decidiu pela ação no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro.
O clube do Morumbi também se prepara para entrar na Fifa contra o Glorioso. O motivo é a venda do goleiro Lucas Perri pelo time carioca ao Lyon. Ambos são administrados por Textor.
O jogador, que estava emprestado pelo Tricolor ao Náutico, acabou contratado em 2022 por R$ 1,2 milhão, com os paulistas mantendo 15% dos direitos econômicos.
Segundo revelado pela imprensa carioca, Perri deixou o Glorioso rumo à França por 10 milhões de euros (aproximadamente R$ 53,4 milhões).
Ao todo, o São Paulo morderá 18,3% do montante, isso porque além dos 15% que manteve do goleiro, ainda recebe 3,3% pelo mecanismo de solidariedade da Fifa. Ou seja, traduzindo em dinheiro, Perri garantiu aos cofres são-paulinos com a negociação cerca de R$ 9,85 milhões.
Mas o entendimento do Tricolor é que houve alteração dos valores de mercado, já que a transferência foi feita entre dois clubes de Textor, beneficiando aspectos como pagamento de impostos. Essa ação pode configurar transfer ban ao Botafogo e sanções pesadas ao Lyon inclusive.
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