@rafaelemilianoo
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR antecipou no final de fevereiro, o São Paulo vai assumir uma dívida de quase R$ 8 milhões do zagueiro Arboleda com agências de gerenciamento de carreira de atletas como parte do acordo para a renovação contratual do equatoriano com o clube do Morumbi, oficializada no início do mês.
Os detalhes do acordo foram revelados inicialmente pelo portal 'Globo Esporte', mas a reportagem também teve acesso ao pedido feito pelo mandatário do Tricolor, Julio Casares, ao presidente do Conselho Deliberativo, Olten Ayres de Abreu, para que o órgão vote o acordo na reunião do próximo dia 30.
O contrato entre São Paulo e banco Daycoval, assinado em 15 de março, antes, portanto, do anúncio da renovação entre zagueiro e clube.
É uma carta de fiança em que a instituição financeira vira fiadora de Arboleda e quita dívidas de execução judicial até o total de R$ 7.973.782,04.
A condição para que ela fosse concedida ao atleta foi que o São Paulo fizesse uma aplicação de R$ 5,5 milhões no mesmo banco, com rendimentos, como garantia. Além disso, o presidente Julio Casares aparece como 'devedor solidário' – que se compromete a assumir a dívida caso o clube não pague.
A exigência de Arboleda em exigir que o São Paulo assumisse a dívida, foi o principal empecilho para a prorrogação do vínculo.
Após chegar a acordo salarial em janeiro, o zagueiro passou a exigir o valor da ação em que é réu acrescido nas luvas. O assunto passou por amplo debate interno no Tricolor, com certa resistência de membros da alta cúpula em ceder. O próprio Casares é quem bancou a decisão de atender as exigências, conseguindo a renovação do vínculo até o fim de 2027.
O principal credor de Arboleda a 'ser beneficiado' é a Euro Futs Marketing. Em março de 2023, a Justiça autorizou o bloqueio das contas do zagueiro para quitação de uma dívida que beira os R$ 6 milhões com a empresa, mas não foram encontrados valores nas contas bancárias do jogador.
Arboleda contratou a empresa em 2020 para promover e gerenciar a sua carreira. Mas, segundo a Euro, o equatoriano quebrou o contrato para acertar a renovação com o São Paulo. Nas cláusulas do contrato do zagueiro com a empresa, havia uma multa de R$ 3 milhões no caso de descumprimento de suas cláusulas. O montante total inclui juros, correção monetária e custos com advogados.
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