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São Paulo volta a decepcionar, vence Cobresal no sufoco e não vê pressão sobre Carpini diminuir

James disputa bola com, rival chileno nesta noite: vitória suada (Conmebol)


RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo

A trajetória de Thiago Carpini no comando do São Paulo parece, de fato, estar chegando ao fim.


Pressionado pela sequência de maus resultados, o treinador até mexeu na formatação da equipe que começou a Copa Libertadores com derrota para o Talleres, na Argentina.


Mesmo assim, contudo, o desempenho são-paulino mais uma vez deixou a desejar: no sufoco, apenas, a equipe conseguiu vencer o fraco Cobresal por 2 a 0, no Morumbis, na noite desta quarta-feira (10).


Resultado com ares de catastrófico por conta do momento. E o futebol muito abaixo da crítica apresentado. Que torna a noite feliz apenas para André Silva. Contratado junto ao futebol português, onde era destaque, ele foi o heroi da noite, marcando o tento salvador quase no apagar das luzes e que aflorou as tensões, visto que o lance teve de ser checado pelo VAR antes de confirmado.


Com a porteira aberta, o castelo de areia do Cobresal desmonorou. E aí foi a vez de Callerim recuperado de contusão, garantir o placar final.


Evidente que o rendimento despertou vaias e reclamações das arquibancadas. Não é para menos. Mesmo assim, o Tricolor consegue a primeira vitória na competição prioriotária do ano e volta a ter um triunfo no Morumbis, onde vivia um jejum desde 7 de fevereiro.


O clube tricolor conquista os primeiros três pontos no Grupo B. Resta saber se será o suficiente para acakmar os ânimos. E, principalmente, garantir Carpini no cargo.


De qualquer forma, o São Paulo volta a campo no sábado (13), quando estreia no Campeonato Brasileiro diante do Fortaleza, novamente no Morumbis. 


Pela Libertadores, o próximo compromisso é no dia 25, ante o Barcelona, no Equador.





O JOGO

Com o esquema de três zagueiros, foi um São Paulo de muita intensidade e com postura diferente da apresentada na estreia, contra o Talleres. Tudo bem, a fragilidde do Cobresal era latente. Mesmo assim foi um alento a um torcedor que pouco vinha se empolgando com sua equipe.

Duas figuras se destacaram na nova formatação são-paulina: Igor Vinícius e James Rodríguez. 

O lateral parece ter entendido a proposta de jogo e concentrou as opções ofensivas, muito ciente das ações, encaixado como ponta, infiltrando. 

O camisa 55 por sua vez, de novo titular, se mostrou muito mais participativo que em Córdoba, criando espaços, armando, jogando em equipe e infiltrando. 

Nesse contexto, não tinha como a primeira grande oportunidade não sair com a dupla. Após o colombiano cruzar na medida pára Calleri finalizar, com o impedimento corretamente marcado, aos 10 ele aproveitou cruzamento na medida na entrada da área para, livre de marcação, bater forte e exigir boa aparição de Requena para defender.

Apesar dos pesares (Michel Araujo mal na esquerda, isolado, e arbitragem parando demais a partida em choques considerados aceitáveis em Libertadores), o volume do jogo tricolor era constante. Mas quase sempre sem objetividade e com falhas na conclusão das jogadas.

Aos 30, após bola alta na área chilena originada por Igor Vinícius, Diego Costa ajeitou de cabeça para Luciano dominar, ajeitar e girar para bater, para fora.

Era um prenúncio para o lance de maior perigo do jogo até então. Aos 33, após novo cruzamento da direita, Arboleda, fazendo as vezes de centroavante, ajeitou de cabeça para Luciano, que não conseguiu o domínio. Na sobra, Calleri bateu forte e acertou a trave esquerda.





O primeiro tempo acabou, começou a etapa final, e a tônica da partida seguiu a mesma: um Tricolor de muito volume, mas pouca intensidade.

Aos 4, até que Luciano tentou terminar a angústia são-paulina, empurrando às redes uma assistência de Calleri, mas a arbitragem anulou o lance marcando impedimento.

O ritmo lento seguia, assim como as chances desperdiçadas pelo São Paulo. Aos 7, Michel Araujo subiu e desviou cobrança de escanteio testando para o chão, mas Requena fez boa defesa e salvou. Na sequência, o uruguaio recebeu passe açucarado de Luciano e bateu para fora, com o pé ruim, o direito.

 O cenário parecia apropriado para uma tragédia anunciada. Além de pouco produzir, o São Paulo viu o Cobresal ter suas primeiras oportunidades no jogo. Aos 27, Diego Coelho subiu e cabeceou na medida, mas Rafael salvou. Na sequência, Mesías experimentou um arremate de longe e o goleiro são-paulino salvou mais uma vez.


Mas simplesmente, sejamos sinceros, não tinha como os chilenos aprontarem uma de zebra. E por mais que Carpini pague seus pecados, pressionado no cargo, o elenco tem seus brios e dívidas com a torcida.


Aos 36, enfim a alegria pairou no Morumbis. James cruzou para Calleri no segundo pau, o argentino desviou, o goleiro Requena evitou o gol em cima da linha, mas o rebote sobrou para André Silva empurrar.


Contratado junto ao futebol português, o camisa 17 faz seu primeiro tento com a camisa tricolor, não sem antes protagonizar um momento curioso: enquanto o VAR revisava o lance, ficou de joelhos, orando. Deu certo.


Com a porteira enfim aberta, o São Paulo ainda teve tempo de marcar o segundo gol. Aos 42, Erick fez boa jogada pela direita e cruzou na medida para Calleri cabecear. O goleiro defendeu, mas o camisa 9 pegou o rebote e definiu a vitória em uma noite de altos e baixos para o Tricolor.



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