@rafaelemilianoo
Luís Zubeldía mal desembarcou no Brasil e já seguiu para Goiânia (GO). E se a primeira impressão é a que fica, o novo comandante do São Paulo deve ter gostado do que viu.
Jogando um futebol muito diferente do que vinha apresentando nos últimos jogos sob o comando de Thiago Carpini, demitido semana passada, o Tricolor venceu com propriedade o Atlético-GO por 3 a 0 neste domingo (21), respira após o início desastroso no Campeonato Brasileiro e volta a dar esperança a seu torcedor de que dias melhores são possíveis no Morumbi.
De volta ao banco são-paulino após nove anos, o auxiliar Milton Cruz procurou não fazer grandes mudanças na formatação que vinha sendo escalada. Mesmo assim, as poucas alterações promovidas se mostraram certeiras.
Na zaga, Alan Franco, preterido até então, entrou pelo lado esquerdo da zaga. No ataque, conforme o AVANTE MEU TRICOLOR antecipou, André Silva, um dos raros destaques dos últimos jogos, entrou para atuar ao lado de Calleri. Luciano acabou deslocado para função que já se tornou habitual, de ponta de lança.
O 'all-new Sampa' conseguiu um volume de jogo que há muito não se via. Seguro e consciente, Franco esbaldava bons desarmes e construía de maneira exemplar a saída de jogo.
Nas frente, o trio Calleri/Silva/Luciano se entendeu, articulando, quebrando linhas e dando movimentação e perigo aos goianos.
É claro que relativizações são necessárias. O Atlético-GO está longe de ser um temido adversário. E a função tricolor acabou facilitada com as duas expulsões ocorridas no segundo tempo. Mas, convenhamos, o São Paulo nada tem a ver com isso.
O enredo da vitória são-paulina começou cedo. Logo aos 13 minutos, após boas aparições de Luciano e Welington, foi a vez de Calleri definir. Franco fez a ligação direta ao ataque, André Silva dominou na direita e cruzou na medida para Calleri testar às redes.
Com a desvantagem no marcador, o Dragão até teve o seu melhor momento no jogo. Rondava a área paulista e arriscava seus chutes. Aos 18, na melhor oportunidade, Baralhas pegou a sobra de uma cobrança de escanteio e finalizou para fora, com perigo.
Mas foi só. No restante da etapa inicial, o domínio foi total e completo do São Paulo, que colecionou perdas de chances. Duas delas com Luciano.
Aos 22, o camisa 10 acertou uma bela finalização, que foi para fora. Oito minutos depois, em outra boa assistência de André Silva, que recuperou a bola após vacilo de Baralhas, Luciano finalizou de cabeça, mas a zaga conseguiu tirar.
Depois do intervalo, se havia alguma esperança dos mandantes tentarem algo, ela foi por água abaixo cedo. Logo aos três minutos, Luciano acabou sendo agredido por Luiz Felipe dentro da área em lance revisto pelo VAR. E a arbitragem marcou o pênalti e expulsou o zagueiro atleticano. Luciano cobrou e marcou o segundo.
Aos 17, o Atlético morreu de vez no jogo. Gabriel Barros fez falta de Pablo Maia, levou o segundo cartão amarelo e também foi para o chuveiro mais cedo.
Com dois a mais em campo e amplo domínio das ações, Cruz aproveitou para mexer. Mudou a sistemática e deu tempo de jogo para alguns nomes que vinham fora com Carpini.
E com tamanha vantagem, não demorou para vir o terceiro gol. Aos 30, sob os gritos da galera por mais tentos, Ferreirinha fez linda jogada individual pela esquerda, passou como quis por todo mundo e bateu no canto de Ronaldo para definir o placar.
Empolgado com a boa vitória, o São Paulo tenta confirmar a recuperação com uma dura parada: o clássico contra o Palmeiras, no dia 29 (segunda-feira), às 20h (de Brasília), no Morumbi. Antes, continua sua saga na Copa Libertadores, na próvael estreia de Zubeldía, às 21h (de Brasília) desta quinta-feira (25), contra o Barcelona, no Equador.
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