Quinta-feira, 23 de maio de 2024
Lucas comemora o seu gol com Nestor: tranquilo e favorável (Eduardo Carmim/Photo Premium)
RAFAEL EMILIANO
@rafaelemilianoo
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O São Paulo chegou para o duelo desta quinta-feira (23) com todo o cenário favorável para sua classificação às oitavas de final da Copa do Brasil diante do Águia de Marabá.
Venceu a ida por 3 a 1 em Belém (PA), enfrenta um adversário que vive péssima fase e está afundado na Série D e, pelo lado oposto, o seu, tem um técnico que insiste em não saber o que é perder desde que chegou.
Convenhamos, não seria nesta noite que tamanha conjunção de fatores se aliaria para dar ao Tricolor aquele que certamente seria um dos maiores vexames da história.
E de fato não foi, vitória tranquila, fácil e calma dos paulistas por 2 a 0 no Morumbi, no duelo de volta da terceira fase.
Após uma semana sem jogos por conta do adiamento do Campeonato Brasileiro, era esperado que Luís Zubeldía colocaria força máxima, até para manter o ritmo nesse raro espaçamento entre partidas...
Mas, novamente, convenhamos, lendo os parágrafos acima, você realmente acha necessário?
Esse deve ter sido o pensamento do técnico argentino, que resolveu ir com o mistão, contrariando os prognósticos, começando pelo gol, onde Jandrei ganhou mais uma chance nos 11 iniciais.
Entretanto, o que vale é que Lucas estava lá. Depois de começar no banco ante o Barcelona na semana passada, pela Copa Libertadores, desta vez ele saiu como titular, mostrando que está plenamente recuperado. E a calmaria do jogo contribuiu para que pudesse desfilar sua qualidade sem maiores precalços.
Mesmo assim, nem tudo foram flores no Morumbi. Os velhos problemas de finalização, sempre pontuados aqui, voltaram a aparecer. Só que se semana passada os equatorianos mostraram bom futebol e até levaram perigo, desta vez foi um nítido e claro ataque são-paulino contra defesa paraense.
E tome-lhe pressão. Só que apareceu uma das melhores figuras em campo, o goleiro Axel Lopes, que salvava como podia o bombardeio tricolor, com defesas fantásticas.
Mas, água mole em pedra dura... Depois de chances e chances perdidas, de todas as maneiras possíveis, o placar foi aberto da única forma que faltava: pênalti. Aos 33, Erick invadiu a área e acabou sofrendo o choque pelas costas de Júnior Dindê.
Infração marcada e convertida por Lucas, que tem a curiosa estatística de três gols marcados no ano, sendo todos eles de pênalti.
Com o placar aberto, o pensamento era único, talvez até para o Águia: agora vai, a goleada vem. E aos 43 a impressão era exatamente essa, quando Ferraresi, sem serviço atrás, se lançou ao ataque pela ponta esquerda e cruzou na medida para Erick, do chão, cabecear às redes e marcar o segundo.
Diante da expectativa de ampliação do placar, o São Paulo voltou do intervalo continuando a tônica de dominar todas as ações do jogo.
Mas... Galoppo e André Silva perderam chances claras de dentro da área, Axel voltou a executar alguns milagres, os titulares até entraram em campo, mas era a noite do pragmatismo mesmo. Com 5 a 1 no agregado, melhor diminuir o ritmo mesmo. Ainda houve tempo nos acréscimos para Juan fazer um belo gol após excelente jogada individual, mas a arbitragem anulou o tento após o VAR indicar falta de Patryck no início do lance. Serviu, ao menos, para as arquibancadas gritarem o nome do camisa 31.
O São Paulo avança e agora espera o sorteio da CBF, ainda sem data definida, para saber quem enfrentará nas oitavas da competição onde defende seu título. Os jogos estão previstos para acontecer nos dias 31 de julho e 7 de agosto apenas.
Com a conta cheia por conta da premiação pela classificação, a equipe tricolor volta a campo agora só na próxima quarta-feira (29), quando decide a liderança do Grupo B da Libertadores ante o Talleres, às 21h30 (de Brasília), no Morumbi.
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